A desvaloriza��o do real “n�o preocupa” o governo brasileiro, que “nunca estabeleceu e nem vai estabelecer” um par�metro de pre�o para o d�lar. “O d�lar � flutuante ele vai flutuar de acordo com o mercado”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A moeda norte-americana abriu hoje em alta. No in�cio da tarde, o d�lar ultrapassou a barreira dos R$ 2, pela primeira vez desde julho de 2009, chegando ao patamar de R$ 2,0006 por d�lar durante as opera��es, influenciada pelos temores de mercado quanto � Europa, informou a Bolsa de S�o Paulo.
Por volta das 14h30, a moeda era vendida a R$ 2,0005, com alta de 2,28%. A moeda norte-americana n�o alcan�ava o patamar de R$ 2 desde 13 de julho de 2009. Pr�ximo �s 16h30, no entanto, a alta perdera parte da for�a, e o d�lar era negociado com ganho de 1,65%, vendido a R$ 1,9883.
Mantega preferiu olhar a valoriza��o da moeda-norte americana pela �tica das exporta��es, lembrando os efeitos ben�ficos da desvaloriza��o cambial para a ind�stria do pa�s. “O d�lar alto beneficia a economia brasileira, porque d� mais competitividade para os produtos. Significa que a ind�stria brasileira pode competir melhor com os produtos importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato, portanto, n�o preocupa.”
A alta do d�lar � atribu�da � crise econ�mica que atinge a zona do euro, em especial, � situa��o da Gr�cia. O pa�s enfrenta uma grave crise fiscal, aliada � instabilidade pol�tica. Desde as elei��es parlamentares do in�cio do m�s, quando nenhum partido conseguiu maioria, o governo grego n�o consegue formar um governo. Ontem (13), o presidente da Gr�cia, Karolos Papoulias, e os l�deres dos tr�s principais partidos do pa�s fracassaram em mais uma tentativa de montar um governo de coaliz�o. Diante da situa��ogrega, analistas j� cogitam a hip�tese de a Gr�cia deixar o grupo de pa�ses que adotou o euro como moeda �nica.