Apesar de o governo ainda n�o ter decidido se renovar� ou n�o as concess�es de energia que vencem em 2015, os deputados que integram a Comiss�o de Minas e Energia da C�mara j� n�o t�m d�vidas de que os contratos ser�o mesmo renovados.
Tanto os deputados governistas quanto os da oposi��o chegaram � conclus�o de que essa foi a mensagem do ministro interino de Minas e Energia, M�rcio Zimmermann, que esteve na comiss�o na semana passada. Embora n�o tenha sido claro, Zimmermann deu a entender que a renova��o era a melhor alternativa, na avalia��o do governo.
"Estamos sentindo que o governo est� estudando o assunto h� muito tempo, mas n�o chegou a nenhuma conclus�o, e daqui a pouco a licita��o n�o poder� ser feita para n�o prejudicar a continuidade do setor, j� que o sistema el�trico est� todo montado", afirmou o presidente da comiss�o, deputado Sim�o Sessim (PP-RJ).
"N�o h� no mundo esse exemplo de licita��o no setor energ�tico, por isso a prorroga��o se torna muito mais f�cil", disse Sessim, ressaltando que uma das condicionantes que devem ser impostas � a n�o remunera��o dos ativos amortizados.
O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) afirmou que o governo conduziu a quest�o de forma a lev�-la a um limite. "Eu diria que a relicita��o � hoje quase imposs�vel. Hoje, a relicita��o criaria uma confus�o em todo o sistema el�trico no Pa�s", afirmou. Segundo ele, o governo n�o � claro ao afirmar que a decis�o final caber� ao Congresso. "N�s sabemos que n�o � verdade. O governo toma a decis�o e tem uma maioria relativamente tranquila na Casa."
O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) foi mais enf�tico. "H� uma quase inexequibilidade da relicita��o. N�o h� mais esse cen�rio, o cen�rio hoje � de prorroga��o", afirmou.
Essa tamb�m � a interpreta��o de alguns dos representantes de associa��es do setor el�trico, que estiveram nesta quarta-feira na audi�ncia p�blica da comiss�o. "Existe quase que um consenso em torno da quest�o da prorroga��o dos atuais contratos com os atuais concession�rios", declarou o presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Distribuidoras de Energia El�trica (Abradee), Nelson Leite. "Eu acho que a grande discuss�o que vai ser travada daqui para frente � como vamos fazer isso", completou.