As ind�strias respons�veis por cerca de 80% das emiss�es de di�xido de carbono empregam pouco mais de 8% da for�a de trabalho nos pa�ses industrializados, segundo o relat�rio Rumo ao Desenvolvimento Sustent�vel: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclus�o Social em uma Economia Verde. O levantamento, divulgado hoje (31), mostra que o atual modelo de desenvolvimento n�o tem mais efici�ncia na gera��o de emprego e trabalho decente no mundo.
Especialistas de quatro organismos internacionais ligados ao mercado de trabalho e � quest�o ambiental dizem que “uma parte dessas pessoas pode perder seus empregos se n�o forem adotadas pol�ticas adequadas para promover os empregos verdes”.
Segundo estimativas apresentadas no documento, se os pa�ses insistirem nos moldes de produ��o e consumo de hoje, em duas d�cadas o n�vel de produtividade dos pa�ses, em todo o mundo, cair� 2,4%. Outros estudos citados no documento mostram ainda que, associado ao impacto no mercado de trabalho, o atual modelo econ�mico vem produzindo perdas constantes dos ecossistemas que come�am a afetar a produ��o.
De acordo com o relat�rio, no setor de pesca, por exemplo, os trabalhadores v�o sofrer, temporariamente, os efeitos com a sobrepesca, o que pode exigir a redu��o de capturas para permitir a recupera��o dos estoques. Na atividade, 95% dos 45 milh�es de trabalhadores empregados s�o pescadores artesanais em pa�ses em desenvolvimento.
“O uso excessivo dos recursos naturais j� provocou grandes perdas, incluindo mais de 1 milh�o de empregos para os trabalhadores florestais, principalmente na �sia, devido a pr�ticas inadequadas de gest�o sustent�vel das florestas”, alertam os pesquisadores.
Se, de um lado, a pesquisa aponta expectativas negativas sobre o mercado de trabalho, por outro indica que mudan�as de padr�es econ�micos, com est�mulos e pol�ticas para a implanta��o de uma economia verde, permitem outro cen�rio. No setor da agricultura, que emprega mais de 1 bilh�o de trabalhadores no mundo, inclusive produtores familiares, o estudo mostra que mudan�as nas pr�ticas podem garantir seguran�a alimentar, tirar milh�es de pessoas da pobreza e reduzir a migra��o das zonas rurais para os centros urbanos.