Juros na China fazem bolsas europeias fechar em alta

As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas pelo inesperado corte de juros na China. Entretanto, o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Congresso dos EUA, limitou os ganhos. Ao contr�rio do que alguns analistas esperavam, ele n�o deu nenhum ind�cio claro de que o banco central deve adotar novas medidas de est�mulo em breve. O �ndice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 1 12%, encerrando a sess�o a 242,64 pontos.

Nesta quinta-feira, o Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em ingl�s) cortou as taxas b�sicas de juros sobre empr�stimos e dep�sitos e agiu para permitir que as taxas oscilem mais livremente, em uma tentativa de dar suporte para o crescimento da economia e de avan�ar na reforma do sistema financeiro local. Em um comunicado publicado em seu site, o PBOC informou que reduziu a taxa de empr�stimos de um ano e a taxa de dep�sitos de um ano em 0,25 ponto porcentual, com efeito a partir desta sexta-feira.

Outro fator positivo foi a queda de 12 mil solicita��es nos pedidos semanais de aux�lio-desemprego nos EUA, um resultado melhor do que o previsto pelos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam redu��o de 3 mil. J� no Reino Unido, o �ndice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em ingl�s) do setor de servi�os permaneceu em 53,3 em maio, marcando o 17º m�s seguido de leitura acima de 50, o que indica expans�o da atividade. Tamb�m colaborou para o �nimo dos investidores um leil�o de b�nus bem-sucedido da Espanha.

O que limitou os ganhos das bolsas europeias foi o aguardado discurso de Bernanke. Ele disse que o crescimento econ�mico dos EUA deve continuar em um ritmo "moderado" este ano, mas se mostrou preocupado com diversos fatores que prejudicam a recupera��o norte-americana, principalmente a crise da d�vida na Europa. O presidente do Fed afirmou que a institui��o est� pronta para agir "no caso de uma escalada do estresse financeiro", mas n�o deixou claro no depoimento no Congresso se novas medidas de est�mulo ser�o adotadas.

Nesse contexto, o �ndice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 50,23 pontos (0,82%), a 6.144,22 pontos. As a��es da BWM subiram 1,8% e os pap�is da MAN ganharam 2,1%. J� a ThyssenKrupp recuou 3,7%, ap�s ter seu rating rebaixado pela Standard & Poor's.

Na Bolsa de Paris, o �ndice CAC 40 ganhou 12,72 pontos (0,42%), fechando a 3.071,16 pontos. As a��es da Vivendi subiram 3,7%, ap�s relatos de que a empresa pode vender parte ou toda a sua fatia na Activision Blizzard.

O �ndice FTSE da Bolsa de Londres avan�ou 63,68 pontos (1,18%), fechando a 5.447,79 pontos. As mineradoras tiveram um bom desempenho, com a Xstrata subindo 3% e a Antofagasta com valoriza��o de 2,9%. Os ganhos foram registrados mesmo com o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em ingl�s) mantendo sua taxa b�sica de juros e seu programa de compras de ativos inalterados.

Em Mil�o, o �ndice FTSE-MIB ganhou 118,17 pontos (0,88%), fechando a 13.545,32 pontos. O �ndice IBEX 35 da Bolsa de Madri registrou alta de 19,20 pontos (0,30%), fechando a 6.438,10 pontos. E na Bolsa de Lisboa o PSI 20 recuou 25,32 pontos (0 56%), encerrando o preg�o em 4.512,27 pontos.