O mercado dom�stico de c�mbio tende a acompanhar mais de perto hoje, nesta sexta-feira, a volatilidade do d�lar no mercado internacional. Depois que o Minist�rio da Fazenda negou, na quinta-feira � tarde, rumores de que o governo estuda reduzir a incid�ncia de IOF sobre opera��es com derivativos cambiais e nos investimentos estrangeiros em renda fixa, o d�lar recuou ante o real, quebrando tr�s altas sequenciais acumuladas em 2,32%. Na quinta-feira, o governo reduziu de cinco anos (1.800 dias) para dois anos (720 dias) o prazo de empr�stimos externos com incid�ncia do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) de 6%.
Embora eventual novo afrouxamento de medidas cambiais n�o esteja totalmente descartado, caso a crise na zona do euro se agrave ainda mais, os agentes financeiros tendem a operar nesta sexta-feira sob influ�ncia da expectativa de uma a��o coordenada dos bancos centrais para oferecer liquidez aos mercados.
Desde cedo, no mercado internacional, o d�lar oscila entre em leves queda e alta diante do euro. Em Nova York, �s 10h05, o euro estava em US$ 1,2593, ante US$ 1,2633 no fim da tarde de quinta-feira. At� esse hor�rio, a moeda �nica europeia oscilou de US$ 1,2592 a US$ 1,2648.
Por aqui, o mercado � vista de c�mbio abriu com o d�lar em leve baixa de 0,05%, a R$ 2,0560 no balc�o. Logo depois, o pronto no balc�o passou a oscilar, testando at� 10h09 uma m�nima de R$ 2,0440 (-0,63%) e uma m�xima de R$ 2,060 (+0,15%)
Na BM&F, o mercado de d�lar spot ainda n�o havia registrado neg�cios at� as 10h20. J� no segmento futuro, nesse hor�rio, o d�lar para julho de 2012 recuava 0,51%, a R$ 2,0530, ap�s oscilar de uma m�nima de R$ 2,0495 a uma m�xima, de R$ 2,0660 (+0,12%)
Apesar da queda dos pre�os neste in�cio de sess�o, a possibilidade de o d�lar retomar a alta ante o real ao longo do dia n�o est� descartada, por causa das incertezas sobre o futuro da Gr�cia, al�m das preocupa��es com a Espanha e It�lia. A agenda dos Estados Unidos tamb�m chama aten��o, j� que novos indicadores continuam confirmando os sinais recentes de fragilidade da economia.
At� agora, o �ndice Empire State de atividade industrial do Federal Reserve de Nova York e o dado de produ��o industrial em maio vieram piores do que o esperado. O �ndice Empire State de atividade industrial do Federal Reserve de Nova York desacelerou para +2,29 em junho, de +17,09 em maio - bem abaixo da previs�o dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de +10,7.
O sub�ndice de emprego recuou para 12,37 em junho, de 20,48 em maio; o sub�ndice de novas encomendas caiu para 2,18, de 8,32; e o sub�ndice de pre�os recebidos despencou para 1,03, de 12,05. J� o dado de produ��o industrial caiu 0,1% em maio, ante previs�o de +0,1%. Al�m disso, o Fluxo de Capital Estrangeiro em Abril foi Negativo em US$ 20,5 bilh�es.
Esses resultados tendem a fortalecer a possibilidade de o Federal Reserve anunciar novos est�mulos � economia em sua reuni�o de pol�tica monet�ria na pr�xima semana.
Novas declara��es do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, hoje cedo, sustentam a expectativa de uma a��o coordenada dos bancos centrais para oferecer liquidez aos mercados, caso o desdobramento da elei��o na Gr�cia no domingo seja o rompimento do acordo que socorreu financeiramente o pa�s e a sua sa�da do euro.
Draghi garantiu que o BCE continuar� o "seu papel essencial" de prover liquidez para bancos s�lidos diante de colaterais apropriados. Ele afirmou que o fortalecimento do potencial crescimento das economias da Europa "� crucial" e que as expectativas de infla��o na zona do euro est�o bem ancoradas e n�o h� amea�as inflacion�rias em outros pa�ses da zona do euro. Os coment�rios sugerem que o BCE estaria pronto para um relaxamento monet�rio, se a zona do euro progredir com suas mudan�as estruturais.
No Reino Unido, o governo ofereceu aos bancos do pa�s um acesso sem precedentes a recursos do Banco da Inglaterra (BOE) se eles prometerem continuar fazendo empr�stimos. Al�m disso, anunciou que o BOE ir� ativar uma linha de cr�dito emergencial pouco comum, criada no fim do ano passado, que os bancos podem usar se as condi��es j� dif�ceis do mercado se deteriorarem ainda mais. Segundo c�lculos do jornal The Guardian, com as medidas anunciadas, a inje��o de capital na economia do Reino Unido dever� ser de cerca de 100 bilh�es de libras (US$ 155 bilh�es).