Para reduzir custos operacionais e aumentar a efici�ncia, a Petrobras anunciou que est�o em avalia��o 147 projetos de explora��o e de produ��o, de um total de 980, segundo consta do Plano de Neg�cios 2012-2016. O documento foi apresentado hoje pela presidenta da estatal, Gra�a Foster, e pela sua diretoria, na sede da empresa.
De acordo com o documento, os projetos somam US$ 236,5 bilh�es, dos quais US$ 27,8 bilh�es passam por uma revis�o. Mais da metade s�o da �rea de Abastecimento e Refino (US$13,9 bilh�es) e 21% s�o do etor de G�s e Energia (US$ 6 bilh�es). Mais 17% dos projetos em an�lise s�o da �rea de Explora��o e Produ��o Internacional, que somam US$ 4,6 bilh�es.
"Nenhum projeto foi retirado [do plano de neg�cios], n�o teve corte", assegurou a presidenta, Gra�a Foster. "Estamos reavaliando", completou, ao explicar que n�o pode divulgar os cronogramas de instala��o de plantas como a da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, e do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj) previstos anteriormente para 2014.
"N�o � avaliar se vai fazer ou n�o. Isso n�o se discute. A gente vai fazer sim porque precisa dessas refinarias", acrescentou. "As refinarias s�o essenciais, mas eu preciso saber quanto custam e quanto eu j� fiz. S� depois dessa avalia��o, teremos de forma detalhada a entrada do primeiro trem [conjunto de plantas]. At� l�, ningu�m est� autorizado a falar", enfatizou.
O Plano de Neg�cios da Petrobras destaca que, na fase de avalia��o, ser�o levados em conta a viabilidade de cada projeto, a disponibilidade de recursos, o alinhamento dos custos das novas refinarias e a disponibilidade de g�s natural para plantas de fertilizantes e novas termel�tricas, por exemplo. "Outras vari�veis" de interesse da empresa n�o foram descartadas.
Segundo a presidenta da estatal, a prioridade no per�odo do plano � a �rea de �leo e g�s, cuja meta de produ��o no Brasil e no exterior, at� 2016, � 3,3 milh�es de barris por dia. O maior crescimento � esperado entre 2014 e 2016, com a revis�o da efici�ncia operacional na Bacia de Campos e a entrada em opera��o de novas unidades no pr�-sal, principalmente.
Pela primeira vez com mais recursos que o p�s-sal, o pr�-sal tem destaque na estrat�gia da Petrobras no per�odo do plano. A empresa receber� 49% (US$ 43,7 bilh�es) do total previsto para investimentos na �rea de produ��o (US$ 89,9 bilh�es), dos US$ 236,5 bilh�es totais do plano de neg�cios para serem gastos at� 2016.
Perguntada sobre o impacto das discuss�es da Confer�ncia das Na��es Unidas sobre o Desenvolvimento Sustent�vel, Rio+20, na pol�tica da estatal, Gra�a Foster disse que est� atenta �s quest�es ambientais. Ela, no entanto, n�o comentou sobre a redu��o de subs�dios para o petr�leo, um dos temas do encontro, pelo fato de o combust�vel ser considerado poluente.
Hoje, o governo zerou o imposto sobre combust�veis, a Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide), depois de a Petrobras reajustar em 7,83% a gasolina e em 3,94% o diesel. A decis�o do governo � considerada uma forma de subs�dio e busca evitar o impacto do aumento no bolso do consumidor e, consequentemente, na infla��o.
"Acho que a Rio+20 cumpriu seu objetivo. Fui l� falar tr�s vezes. A Petrobras tem uma preocupa��o com a sustentabilidade, com a efici�ncia energ�tico e com o ambiente. Afinal, � dele que a gente vive", disse a presidenta da petrol�fera.