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Estado de Minas

Ind�stria quer pacote de energia

Industriais esperam que pacote de est�mulo anunciado para hoje reduza o custo do insumo, garantindo competitividade ao setor


postado em 27/06/2012 06:00 / atualizado em 27/06/2012 07:58

Valor destinado à conta de luz representa, em média, 20% dos custos de um frigorífico de abate de frangos(foto: Mário Castello/Esp. EM/D.A Press - 24/10/11)
Valor destinado � conta de luz representa, em m�dia, 20% dos custos de um frigor�fico de abate de frangos (foto: M�rio Castello/Esp. EM/D.A Press - 24/10/11)


Um frigor�fico de abate de frangos no Brasil pode destinar, em m�dia, 20% dos seus custos de produ��o ao pagamento da tarifa de energia. Na ind�stria side�rgica, o insumo representa entre 10% e 20% desses custos, dependendo da quantidade de processo na fabrica��o do a�o. As f�bricas de tecido gastam de 12% a 13% do dinheiro investido na produ��o com a conta de luz. No transporte a�reo, esse percentual � de 20% a 30%, e nas destilarias de refino de petr�leo, de 55% a 70%. Diante desses n�meros, o an�ncio de um novo pacote de medidas para estimular a economia, que dever� ser feito hoje, pelo ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, alimenta as expectativas da ind�stria brasileira quanto a uma poss�vel redu��o nos pre�os do insumo.

“Se (o an�ncio) n�o contemplar o pre�o da energia, ser� uma pena, porque esse � um item que trava o crescimento da ind�stria. Espero que haja consci�ncia do impacto negativo que o custo desse insumo est� causando e medidas para melhorar essa situa��o”, afirma Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (Abit). Segundo ele, desde 2004 os custos da ind�stria com a tarifa de energia ficaram 246% mais altos. “No setor t�xtil, a energia � 3,5 vezes mais cara do que as das concorrentes na China. Cerca de 52% do pre�o da energia � composto por impostos e encargos. Isso � um absurdo.”

De oito anos para c�, o peso da parcela destinada � energia nas ind�strias do pa�s vem causando o fechamento de f�bricas e afugentando projetos em v�rios segmentos da economia, como os de alum�nio, a�o e fertilizantes, diz Rodrigo Garcia, analista de pol�ticas e ind�stria da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Foi o caso da Novelis, maior fabricante mundial de laminados de alum�nio, que em dezembro de 2010 fechou uma f�brica em Aratu, na Bahia (500 funcion�rios diretos e indiretos). O c�mbio valorizado e o avan�o no pre�o da energia el�trica (com alta de 51% desde 2004) foram determinantes na decis�o. Com isso, agora a �nica f�brica de alum�nio prim�rio da empresa no pa�s � a instalada em Ouro Preto (MG), que tem a vantagem de gerar internamente 65% da energia que consome.

No caso do frango, a energia pode pesar entre 12% e 20% do custo total, dependendo da �rea de atividade. Na Rivelli Alimentos, Ricardo Campos, comprador do abatedouro da empresa, estima que a energia responda por cerca de 20% dos custos. Mesmo assim porque a empresa usa quatro geradores todos os dias no hor�rio de pico. “O custo da energia no segmento � caro porque usamos o insumo 24 horas por dia. Por isso todo frigor�fico tem que ter um gerador.”  

A ind�stria sider�rgica defende uma redu��o do custo da energia el�trica que permita ao Brasil igualar as despesas com o insumo aos padr�es internacionais. Segundo o diretor-superintendente da Votorantim Siderurgia, Albano Chagas Vieira, h� pa�ses em que o custo com energia representa metade do que as sider�rgicas pagam no Brasil. “Al�m do custo mais alto, a energia � um insumo que encareceu no pa�s tr�s a quatros vezes nos �ltimos anos.” (Colaborou Marta Vieira)

Efeito sobre o IDH

Estudo realizado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV) Projetos, que leva em conta os efeitos do pre�o da energia no desenvolvimento econ�mico do pa�s entre 2010 e 2020 e apresenta prospostas para a redu��o dos pre�os da energia no Brasil, estima que o pa�s saltaria 10 posi��es no �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) at� 2020 e que haveria um acr�scimo do Produto Interno bruto (PIB) de R$ 695 bilh�es no per�odo – o equivalente ao PIB da Argentina – caso fossem adotadas as medidas em favor de uma energia mais competitiva no pa�s. 

Sider�rgicas pedem desonera��o


Marta Vieira
Enviada especial

S�o Paulo – As proje��es para o crescimento do consumo e da produ��o de a�o no Brasil em 2012 foram rebaixadas pela ind�stria, que s� espera ver nos pr�ximos meses impactos positivos das medidas que o governo federal adotou em abril para reanimar a economia. O presidente do Instituto A�o Brasil (IABr), Andr� Gerdau Johannpeter, pediu ontem a desonera��o tribut�ria de toda a cadeia produtiva do setor como instrumento complementar de ajuda �s empresas, afetadas pelos efeitos da crise mundial, o avan�o das importa��es e o excesso de estoques no mundo.

“Depois da crise de 2008, h� mais capacidade de produ��o do que consumo. A nossa expectativa � de que as medidas de est�mulo � economia devem melhorar os resultados do segundo semestre”, disse Andr� Gerdau, pouco antes da abertura do 23º Congresso Brasileiro do A�o. O balan�o preliminar divulgado ontem pelo IABr indicou queda de 3,4% da produ��o brasileira de a�o bruto no primeiro semestre – que foi de 17,2 milh�es de toneladas –, frente ao mesmo per�odo do ano passado.

A expectativa do setor, contudo, � que 2012 feche com ligeiro aumento de 2,2% nos volumes produzidos, chegando a 36 milh�es de toneladas de a�o bruto, gra�as � alta do d�lar e aos primeiros reflexos da suspens�o dos incentivos de estados � importa��o de produtos sider�rgicos, com a derrubada da chamada guerra fiscal dos portos. A nova estimativa para o ano ficou 1,4 milh�o de toneladas abaixo da previs�o anterior.

Segundo o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, os efeitos do fim dos est�mulos � importa��o de produtos, com descontos de 9% dados pelos estados, ser�o mais bem sentidos a partir de janeiro, quando a Resolu��o 72 entra em vig�ncia, eliminando a vantagem tribut�ria aos produtos estrangeiros nos portos.

O desaquecimento da economia mundial, por sua vez, ter� duro impacto nas exporta��es brasileiras de a�o, com queda estimada de 6,5% no primeiro semestre, com 5,3 milh�es de toneladas. Essa perda deve cair para 0,7% no balan�o anual. O consumo mundial tende a crescer 3,6% neste ano, conforme previs�o do World Steel Association, chegando a 1,4 bilh�o de toneladas, ante a expans�o de 5,6% em 2011.

Desafios De acordo com o vice-presidente do IABr, Albano Chagas Vieira, que assume hoje a presid�ncia do conselho-diretor do instituto, em substitui��o a Andr� Gerdau, a desonera��o beneficiaria toda a cadeia de produ��o do setor. Nas opera��es no mercado dom�stico, cerca de 4% a 5% dos impostos n�o s�o recuperados na forma de cr�ditos pelas empresas. Com sobras na capacidade instalada do parque sider�rgico nacional, Gerdau pregou como "sa�da" para o setor o est�mulo ao consumo interno de a�o por meio dos investimentos em infraestrutura. A promo��o das parcerias p�blico-privadas (PPP), como no caso das concess�es de aeroportos, est� entre as sugest�es encaminhadas pelo setor ao Planalto. "N�o faz sentido aumentar os investimentos na produ��o com a alta ociosidade atual", completou Lopes. (Colaborou Silvio Ribas)

enquanto isso...
…IPI est� na pauta


O governo poder� divulgar hoje a prorroga��o da redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na linha branca de eletrodom�sticos, como fog�es e geladeiras, al�m de m�veis, lumin�rias, lustres e papel de parede. A medida, adotadas h� tr�s meses para estimular o consumo, deixaria de vigorar no pr�ximo s�bado. Na semana passada, representantes do setor fizeram uma nova rodada de conversas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


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