O movimento do com�rcio varejista do pa�s manteve-se aquecido no primeiro semestre deste ano, mas o ritmo diminuiu em compara��o aos dois anos anteriores, segundo a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Com�rcio. Os neg�cios aumentaram 7,6% ante 10,7%, em 2010 e 9,6%, em 2011.
Esse resultado reflete “o esgotamento do poder de compra”, explicou o economista da Serasa, Carlos Henrique de Almeida. Com base em dados do Banco Central, ele observou que o brasileiro hoje compromete, mensalmente, 22% de sua renda com o pagamento de d�vidas. O valor dos compromissos supera os 40% e isso dificulta a capacidade de inclus�o de novas parcelas.
J� em dois setores restantes, ocorreram decr�scimos no movimento de consumidores: nas lojas de material de constru��o, a taxa atingiu 0,9% ante 3,3%, e nas de m�veis, eletroeletr�nicos e inform�tica l,6% ante 3,3%.
Na avalia��o do economista da Serasa, a falta de dinamismo no com�rcio � motivo de preocupa��o, porque este segmento � respons�vel pela forma��o de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), que � a soma das riquezas geradas no pa�s. Por essa raz�o, segundo pontuou, � que o governo tem concedido os incentivos fiscais.
O levantamento da Serasa mostra que os setores beneficiados pelas medidas de est�mulo do governo conseguiram melhores resultados no acumulado dos seis primeiros meses do ano. � o caso, por exemplo, do com�rcio de material de constru��o, com alta de 7,7% sobre igual per�odo do ano passado. Em ve�culos, motos e pe�as, houve crescimento de 7,4%, e em m�veis, eletroeletr�nicos e inform�tica, eleva��o de 5,2%.
Apesar disso, Almeida alerta que a prorroga��o dos incentivos como a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os setores automotivo e da linha branca (geladeira, fog�es, m�quinas de lavar, etc) pode ser um pouco in�cua nesses pr�ximos meses em face do n�vel de endividamento da popula��o. O consumo s� deve melhorar, na opini�o dele, em 2013, mas ainda em n�vel inferior ao bom desempenho de 2010.