A Pol�cia Federal prendeu nesta ter�a-feira sete pessoas acusadas de falsificar documentos e de aplicar golpes em institui��es financeiras. Os trabalhos foram concentrados em Sete Lagoas e Prudente de Morais, na Regi�o Central de Minas Gerais, onde a maior parte dos golpes eram aplicados - a quadrilha tamb�m agia em Goi�s, no Paran� e em v�rios estados do Nordeste. Ao todo, foram expedidos 18 mandados, sendo nove de pris�o tempor�ria e nove de busca e apreens�o.
O delegado respons�vel pela 'Opera��o Troco Certo', Eug�nio Ricas, disse que um suspeito est� preso h� tr�s meses e um permanece foragido. A pol�cia informou que foram apreendidos cinco ve�culos, documentos, computadores, m�dias, uma arma de fogo, drogas e at� um colete bal�stico. Os sete suspeitos presos nesta ter�a-feira est�o sendo ouvidos na Superintend�ncia Regional da Pol�cia Federal, em Belo Horizonte.
A quadrilha agia h� pelo menos dois anos e teria lucrado cerca de R$ 1 milh�o com os golpes. Durante as investiga��es, a PF apurou que a quadrilha tinha dois n�cleos. Um deles era especializado em fraudar financeiras, aplicando o golpe conhecido como “tumulto” ou “finan”. Nesta fraude, ve�culos eram financiados em nome de “laranjas” e depois revendidos para pessoas que sabiam da exist�ncia dos golpes e que n�o pretendiam quitar os financiamentos. Para que a opera��o fosse realizada com sucesso, eram utilizados documentos falsificados. “Um ve�culo zero que era adquirido com documenta��o falsa por R$ 30 mil , acabava sendo vendido por R$ 5 a R$ 6 mil”, ressalta.
J� o segundo n�cleo fraudava institui��es banc�rias com documentos tamb�m falsificados. Os suspeitos tinham uma lista com dados banc�rios e pessoais de correntistas e, com os documentos falsos dos clientes, conseguiam fazer transfer�ncias diretamente na boca do caixa.
A PF investiga, agora, como a quadrilha conseguia os dados cadastrais das v�timas. Um dos presos j� adiantou que comprava a lista, mas n�o revelou nomes. A PF tamb�m informou que n�o descarta a participa��o de hackers no esquema. "As investiga��es continuam e a Justi�a j� concedeu o sequestro de bens dos envolvidos", concluiu o delegado.
(Com informa��es de Pedro Ferreira)