Mesmo sendo um dos principais empregadores da ind�stria nacional o setor de alimentos vem encontrando dificuldades para apresentar ao governo reivindica��es que estimulem a competitividade das empresas da �rea. Edmundo Klotz, presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alimentos, diz que j� tentou agendar uma reuni�o para levar os pontos de vista do setor, mas ainda n�o teve oportunidade de ser atendido no Minist�rio da Fazenda. "N�o sei porqu�", lamenta.
Klotz diz que o setor tem grande interesse em fazer parte da lista de beneficiados pela desonera��o da folha de pagamentos, que estabeleceu a suspens�o da contribui��o patronal para o INSS. "Mas isso precisaria ser segmentado. N�o � interessante para todo o setor de alimentos, pois cada segmento tem um tipo de estrutura em termos de m�o de obra", explica. Os segmentos que fabricam prote�na, como carne vermelha, leite e derivados, seriam os mais interessados em trocar a contribui��o em folha por um porcentual do faturamento.
Vale lembrar que o setor de aves e su�nos conseguiu entrar na lista de beneficiados pela desonera��o em folha de pagamentos com a aprova��o, nesta semana, das Medidas Provis�rias do Plano Brasil Maior pelo Congresso. Os setores recolher�o agora 1% do faturamento.
Mais do que pedidos de ajuda, no entanto, o que o setor quer mesmo � a "manuten��o do status quo". Algumas medidas estariam, segundo Klotz, mais atrapalhando do que ajudando como � o caso do aumento da tributa��o do setor de bebidas. H� ainda alguns casos em que o governo estaria limitando a apropria��o de cr�dito presumido de impostos.
Outra solicita��o antiga do setor � a desonera��o de PIS e Cofins dos produtos que comp�em a cesta b�sica. "Desde o governo Lula temos proposta o estabelecimento de uma cesta �nica nacional que comporte uma desonera��o desses impostos, mas essa ideia n�o prosperou", diz. O dirigente participou hoje de encontro de representantes da ind�stria nacional, promovido pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) em S�o Paulo, para tratar dos efeitos e eventuais ajustes do Plano Brasil Maior.