N�o queremos 'demonizar' operadoras, diz ministro

O governo brasileiro n�o quer "demonizar as empresas de telefonia ou trat�-las como vil�s". A pondera��o foi feita nesta segunda-feira pelo ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, considerando que as companhias precisam manter uma boa rela��o com os consumidores, "porque s�o eles que pagam a conta".

Bernardo lembrou que o setor investiu R$ 20 bilh�es no Brasil no ano passado, mas ainda assim as reclama��es dos usu�rios sobre os servi�os prestados levaram a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) a suspender a venda de novas linhas de TIM, Claro e Oi nos Estados em que lideram o ranking de insatisfa��o dos clientes.

"Nossa vis�o � que n�s t�nhamos que adotar medidas extremas que n�o s�o para ser usadas todos os dias. A Anatel tomou a medida que tinha que fazer e, embora seja dr�stica, o crit�rio foi ponderado, pois o consumidor n�o ficou sem op��es em nenhum Estado", afirmou o ministro.

Bernardo disse que n�o far� interfer�ncia sobre esses processos junto � Anatel, mas declarou ser poss�vel que as empresas entreguem planos de investimentos satisfat�rios em at� 15 dias, para que novos planos possam voltar a serem vendidos pelas companhias suspensas. "� um prazo razo�vel para encaminhar a solu��o, mas n�o estamos com pressa, podemos ficar brigando a� tr�s meses. Quem est� com pressa s�o as operadoras."

TIM

Para o ministro, o fato de a TIM ter entrado na Justi�a contra a suspens�o de venda de novas linhas em 19 Estados n�o muda o tratamento que a companhia recebe do governo e da Anatel. "Entrar na Justi�a � um direito de todas as empresas. A TIM optou por esse caminho e isso n�o vai impedir um di�logo, mas tamb�m n�o quer dizer que vamos compactuar com a situa��o. Tanto que convencemos o juiz que negou a liminar � empresa."

O ministro tamb�m comentou que a Embaixada da It�lia em Bras�lia ligou para o minist�rio na semana passada, durante sua viagem aos Estados Unidos. Segundo Bernardo, o secret�rio executivo C�sar Alvarez foi orientado a responder que o processo "n�o tem nada a ver com a diplomacia".

"Isso � um problema do consumidor brasileiro com as empresas. O fato de a TIM estar aqui no Brasil h� 15 anos n�o significa que iremos trat�-la melhor ou pior, at� porque para todos os efeitos � uma empresa nacional", acrescentou. Bernardo confirmou que o presidente da Telecom It�lia - que controla a TIM -, Franco Barnab�, planeja visitar o Pa�s nos pr�ximos dias.

O ministro ainda revelou que possui um aparelho celular da TIM, que ficou sem 3G durante todo o dia na �ltima sexta-feira. "E hoje fiz duas liga��es para Curitiba que ca�ram no meio da conversa", detalhou. "N�o temos nada contra a TIM, mas achamos que a qualidade do servi�o n�o est� boa no momento."