O secret�rio de Acompanhamento Econ�mico do Minist�rio da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, afirmou que, al�m das a��es anunciadas pelo governo para reaquecer a economia dom�stica, outras iniciativas ser�o lan�adas em um futuro pr�ximo. Como exemplo, ele citou que a renova��o dos contratos de concess�es no setor el�trico, que se encerram no per�odo de 2015 a 2017, proporcionar� uma "significativa redu��o" dos pre�os de energia e dos insumos industriais.
Silveira tamb�m lembrou que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, j� anunciou uma nova rodada de concess�es na �rea de log�stica e transportes para agosto. "� neste quadro que a expectativa do governo, e do setor privado, prev� uma acelera��o da economia no �ltimo trimestre para 4,5%", disse, durante cerim�nia do quarto balan�o da segunda fase do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC-2). "Com isso, temos certeza que o Pa�s retoma o crescimento sustentado", afirmou.
O secret�rio salientou que 2012 n�o tem se mostrado um ano particularmente positivo para a economia global. O Brasil, segundo ele, tem sido voz ativa no apelo � necessidade do mundo criar uma a��o mais pragm�tica e menos ideol�gica. "No entanto, a crise econ�mica europeia deixou de ser da periferia e agora afeta os pa�ses centrais", disse, citando que a perspectiva do rating da Alemanha foi reduzida por uma ag�ncia de classifica��o de risco.
Silveira disse que h� uma progressiva estagna��o dos mercados centrais que geram impactos nos pa�ses emergentes e que a China "sentiu fortemente" a desacelera��o das exporta��es. "O Brasil tamb�m sentiu bastante", comentou. Ele enfatizou que essa situa��o afetou a confian�a empresarial e aproveitou para passar uma mensagem de otimismo para os executivos. "O Brasil e, em particular, o governo est�o absolutamente preparados para lidar com esse quadro. Desde o ano passado, o governo est� lidando ativamente."
Como uma das a��es, o secret�rio citou o PAC. "Os impactos positivos do PAC v�o al�m dos projetos que est�o sob sua guarda. Contribuiu para entrosamento das equipes de governo e conseguem ser tratados de uma forma mais coordenada do que em um passado distante", pontuou. Silveira disse tamb�m que, nos �ltimos 12 meses, o governo adotou uma s�rie de iniciativas que permite antever a retomada do crescimento. Entre elas est� a queda da Selic, que levou a taxa de juros real ex-ante a um patamar de 2 2%. "Essa taxa � a mais baixa da hist�ria do real", comemorou.
O secret�rio citou tamb�m que a infla��o j� est� de volta a patamares compat�veis com a meta e a redu��o da TJLP, que barateia as condi��es de financiamento de longo prazo. "Isso permite colocar condi��es para a retomada de expans�o do cr�dito e do investimento a partir da retomada da confian�a", avaliou.
Na opini�o de Silveira, os efeitos da pol�tica fiscal tamb�m devem ser vistos no segundo semestre. Como exemplo, ele citou a��es como prorroga��o do IPI sobre materiais de constru��o, programa reintegra, primeira etapa da desonera��o da folha de pagamento e IPI sobre autom�veis. "Do lado do gasto, a situa��o fiscal robusta permitiu que o governo lan�asse um programa de compras ambicioso. Isso permitiu a expans�o de emprego e massa salarial do trabalhador."
Por fim, o secret�rio mencionou que o governo adotou medidas de car�ter estrutural, como a mudan�a de regra da remunera��o da poupan�a, que auxilia no processo de desindexa��o da economia, e aprova��o do fundo de previd�ncia para o servidor p�blico.