Caminhoneiros aut�nomos realizaram nesta segunda-feira protestos em quatro trechos de tr�s rodovias do Estado do Rio Grande do Sul. Na Rodovia Presidente Dutra, um protesto da categoria iniciado por volta de 16h de domingo causa lentid�o na estrada na regi�o de Barra Mansa, litoral sul fluminense.
No Sul, os protestos atingem as BR-285, em Iju� e S�o Sep�; BR-158, em J�lio de Castilhos; e BR-392, em Pelotas. As manifesta��es causaram interrup��o parcial do tr�nsito no come�o da manh� porque, segundo a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), os caminhoneiros permitiram a circula��o de ve�culos de passeio e bloquearam a estrada apenas para colegas que desejavam seguir trabalhando.
Na Dutra, a manifesta��o, que come�ou no km 276, se estende para as cidades de Porto Real e Resende. Na manh� desta segunda-feira a concession�ria CCR NovaDutra registrava 22 quil�metros de fila no sentido Rio e nove quil�metros na dire��o de S�o Paulo. No sentido Rio, h� bloqueios em Resende, entre os km 302 e 304, e em Porto Real, do km 273 ao km 293. No sentido S�o Paulo, o bloqueio ocorre na altura de Barra Mansa, entre os km 267 e 276.
Segundo a NovaDutra, uma faixa de rolamento foi liberada em cada sentido pelos caminhoneiros que realizam o bloqueio ap�s muita conversa com policiais rodovi�rios federais, mas passam pelo local apenas ve�culos de passeio, alguns �nibus - entre eles os de turismo - e ve�culos com cargas perec�veis. Agentes da PRF tentavam convencer os manifestantes a desobstruir por completo a via.
As manifesta��es em todo o Pa�s foram convocadas pelo Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiro (MUBC) na quarta-feira, Dia do Motorista. No Rio Grande do Sul, o MUBC n�o assume a autoria dos protestos. O bloqueio de rodovias federais no Rio Grande do Sul foi proibido por liminar da Justi�a Federal, que estabeleceu multa de R$ 50 mil por hora de rodovia parada.
A greve � um protesto contra regulamenta��o da profiss�o que estabelece intervalo de 11 horas de descanso entre jornadas de trabalho, al�m de paradas de descanso de pelo menos meia hora a cada quatro horas ao volante. Os caminhoneiros aut�nomos alegam que o descanso obrigat�rio n�o � compat�vel com a profiss�o de motorista e que nas estradas n�o h� pontos de parada em n�mero suficiente.
A categoria protesta ainda contra os baixos valores dos fretes, a falta de seguran�a nas estradas, o pre�o do combust�vel e dos ped�gios, a falta de regulamenta��o da profiss�o e de uma s�rie de medidas adotadas pela Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que, conforme o presidente do MUBC em Minas, Jos� Ac�cio Carneiro, "acabaram de vez com a categoria". "O trabalhador paga para rodar. � obrigado a aceitar os fretes baixos, sen�o n�o tem dinheiro nem para o diesel", afirmou.