A paralisa��o dos caminhoneiros aut�nomos deve come�ar a afetar o abastecimento de hortifr�tis no Rio Grande do Sul a partir da pr�xima semana. A previs�o � da estatal Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa RS). Segundo o presidente da entidade, Paulino Olivo Donatti, at� agora foram registrados "atrasos pontuais", sem falta de nenhuma mercadoria.
Os protestos que dificultam o tr�nsito de caminh�es pelo Estado ocorrem desde a �ltima quarta-feira, mas ganharam maiores propor��es no come�o desta semana, com o aumento no n�mero de pontos de bloqueio e interrup��o da passagem de caminh�es na BR-101. Segundo a Pol�cia Rodovi�ria Federal, nesta ter�a-feira, o tr�nsito de ve�culos de carga na rodovia foi liberado por volta do meio-dia.
No caso da distribui��o de combust�veis, o setor tamb�m n�o enxerga dificuldades no curto prazo. O presidente do Sindicato do Com�rcio Varejista de Combust�veis no Estado (Sulpetro), Ad�o Oliveira, disse que os transportadores seguem trabalhando no Estado e apenas encontram algumas dificuldades em trechos das estradas, mas nada que os impe�am de realizar as entregas.
A vis�o otimista de que o mercado se mant�m abastecido contrasta com o discurso do representante do Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiros (MUBC) na Grande Porto Alegre, Osmar Lima, e tamb�m com o posicionamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Log�stica no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs).
Para as duas entidades, o Rio Grande do Sul est� parado. Jos� Carlos Silvano, presidente do Setcergs, disse que alguns caminh�es n�o est�o saindo das garagens para n�o entrar em conflito com os manifestantes. Para ele, a partir de quarta-feira o Estado come�ar� a sentir press�o nos pre�os, especialmente de produtos vindos de outras regi�es. "O abastecimento local chega, mas o de outros Estados, n�o".