
Dois dias depois de o Minist�rio P�blico (MP) estadual proibir a venda das sacolas compost�veis comercializadas principalmente em supermercados, padarias, farm�cias e drogarias, grandes redes do varejo anunciaram que v�o dividir com o consumidor o custo da medida. No primeiro dia da medida, clientes estavam insatisfeitos diante da falta de alternativa para levar as compras para a casa. A rede de supermercados Super Nosso informou que a partir de hoje come�a a valer nas 14 lojas do grupo campanha para facilitar o uso da sacola retorn�vel. Consumidores que gastarem acima de R$ 100 v�o ganhar a sacola vendida por R$ 3,99 para carregar as compras.
Os Supermercados BH est�o distribuindo gratuitamente o estoque de sacolas compost�veis enquanto refor�am o uso das retorn�veis com uma campanha promocional. Nas compras acima de R$ 50, o consumidor leva de brinde a sacola ecol�gica vendida nas 44 lojas da rede a R$ 1,98. Embalagens de papel tamb�m foram intensificadas em farm�cias e drogarias de menor porte, e, em grande redes do setor, a sacola compost�vel estava embalando as compras dos clientes, sem custos.
O Sindicato do Com�rcio Varejista de Produtos Farmac�uticos (Sincofarma-MG) ressaltou que cada empresa vai buscar alternativas pr�prias para a embalagem, cumprindo a determina��o de n�o vender o produto. Ontem, consumidores que fizeram compras na Drogaria Ara�jo receberam a sacolinha compost�vel gratuitamente para acomodar as mercadorias. A empresa n�o comentou o tema. Informou que ainda est� avaliando medidas.
Com o carrinho cheio, a comerciante Fl�via Castro defende o uso das sacolas retorn�veis, mas pondera que vez ou outra o item fica para tr�s. Ontem, ela n�o planejava fazer compras, passou no supermercado para comprar p�o, acabou gastando R$ 136 e teve que levar produtos soltos no carrinho. “Nestes casos, o supermercado deveria doar as sacolas. O consumidor est� prestigiando o estabelecimento e j� comprou a sacola retorn�vel.”
M�e e filha, M�rcia e Renata Ara�jo aderiram � sacola ecol�gica. Acham que o consumidor tem que ser ambientalmente consciente, mas acreditam que a partir de agora os supermercados v�o intensificar o apoio na forma��o do h�bito. “As redes est�o pressionadas. Existe muita concorr�ncia. Quem n�o aderir vai perder clientes”, diz M�rcia.
Cartel
Em Belo Horizonte est� proibida a venda de qualquer embalagem compost�vel, s� vale a distribui��o gratuita. O pl�stico comum tamb�m � vetado por lei municipal. Desde 1º de agosto, o Procon Estadual proibiu a cobran�a das sacolas, baseado em argumentos ambientais e econ�micos. Segundo o promotor Amauri Artimos da Matta, respons�vel pela medida cautelar, as sacolas compost�veis n�o estavam cumprindo sua fun��o ecol�gica porque em BH n�o h� usina compost�vel. Os pre�os foram nivelados a R$ 0,19, o que abriu suspeitas de forma��o e cartel. Segundo o MP, faltou ao varejo dar sua contrapartida oferecendo embalagens gratuitas e ambientalmente corretas.