Embora o fim das transmiss�es anal�gicas no Brasil esteja programado apenas para 2016, o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira que o governo pode dar in�cio ao processo de licita��o da faixa de 700 megahertz (MHz) j� no pr�ximo ano. A inten��o � utilizar esse espectro para a implanta��o da telefonia m�vel de quarta gera��o (4G) com custos mais baratos que os das faixas j� leiloadas de 2,5 gigahertz (Ghz).
Segundo Bernardo, por�m, a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) ainda n�o concluiu os estudos de viabilidade para a destina��o do chamado "dividendo digital" para as empresas de telecomunica��es. O ministro afirmou ter recebido representantes dos radiodifusores h� 20 dias para come�ar a negociar a libera��o das faixas. "Acredito que a Anatel possa nos dar uma resposta at� outubro e a� iremos decidir o futuro dos 700 MHz no pr�ximo ano", completou.
Para Bernardo, ser� poss�vel licitar essa faixa mesmo antes do desligamento por completo das transmiss�es anal�gicas. Ou seja, quem adquirir o espectro precisar� contar com a sa�da pontual das TVs para poder come�ar projetos de telefonia e internet. "Podemos fazer o leil�o condicionado � desocupa��o do espectro l� na frente, como foi feito nos Estados Unidos", acrescentou.
Embora as outorgas dessas faixas representem um grande potencial de arrecada��o para o governo, a ideia do ministro � combinar o pre�o das licen�as com metas de cobertura, como foi feito nas faixas de 2,5 GHz leiloadas em junho deste ano.
"As empresas que j� compraram as licen�as ir�o se interessar pela (nova) faixa porque o custo de implanta��o da tecnologia 4G � menor. Como a frequ�ncia de 700 MHz � menor, o alcance do sinal � mais longo e consequentemente precisa de menos antenas", explicou Bernardo.
A inten��o do governo, por�m, encontra ainda uma s�rie de obst�culos pr�ticos. A faixa atualmente est� totalmente ocupada pelos radiodifusores nos principais centros do Pa�s, mas a transi��o para o digital nesses lugares est� bem encaminhada. Em cidades menores, no entanto, as retransmissoras de TV encontram dificuldades para realizar a migra��o de modelo. "Vamos precisar desenvolver um plano de transi��o para essas localidades", concluiu o ministro.