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Estado de Minas

Alta no pre�o do milho encarece frango


postado em 23/08/2012 08:05

Apesar da safra recorde de milho e dos estoques privados dessa commodity estarem lotados, diversos pequenos avicultores t�m encontrado dificuldades para obter esse que � o principal alimento oferecido aos frangos produzidos no pa�s. Com isso, o custo de produ��o de frangos j� aumentou 25%.

Ciente desse problema, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem estimulado a oferta de milho nas regi�es mais necessitadas. A medida, no entanto, � insuficiente para dar conta da demanda do setor, que, segundo a Uni�o Brasileira de Avicultura (Ubabef), � milh�es de toneladas por m�s. O estoque atual da Conab � 1,2 milh�o de toneladas.

Parte da dificuldade de acesso ao milho se deve � alta do pre�o internacional do produto, em decorr�ncia da seca nos Estados Unidos. “Al�m de ter reduzido a produ��o deles, a seca prejudicou tamb�m o escoamento, j� que afetou as hidrovias norte-americanas por onde o milho � transportado”, disse � Ag�ncia Brasil o superintendente de Gest�o de Oferta da Conab, Carlos Eduardo Tavares.

“Mas acredito que este � apenas um problema moment�neo, j� que a safra deles, a maior do mundo, � cinco vezes maior que a brasileira. Mesmo com a quebra, os EUA continuam produzindo mais que o Brasil. Enquanto o problema da seca nos rios n�o for superado, eles compram do Brasil. A partir do momento em que os rios voltarem a permitir o escoamento do produto, a tend�ncia ser� de maior tranquilidade para comercializarmos internamente o nosso milho, sem tanta influ�ncia do ambiente externo”, explicou o superintendente.


Enquanto isso n�o acontece, a Conab est� atuando em duas frentes visando ao suprimento de milho nas �reas mais afetadas pela seca no Brasil - uma no Nordeste, outra na Regi�o Sul. “O Nordeste desenvolveu uma avicultura forte e depende do milho para alimentar suas aves. Estamos liberando estoques de Mato Grosso para suprir esse d�ficit. Ser�o remetidas mais de 400 mil toneladas de milho para o norte da regi�o. Fizemos subven��es para a iniciativa privada interessada em transportar o milho at� l�. Na �rea central do Nordeste, a remo��o ter� origem nos estoques de Mato Grosso e Goi�s”, disse Tavares.

Segundo ele, das 400 mil toneladas previstas para o Nordeste, 70 mil j� foram comercializadas. “Estamos estudando a possibilidade de, caso haja eleva��o significativa de pre�os, elevar ainda mais o fornecimento do produto”. Para aumentar seus estoques destinados ao mercado interno, a Conab j� est� negociando a compra de 10 milh�es de toneladas de milho produzidos em Mato Grosso, no Paran� e em �reas do Nordeste.

A Regi�o Sul tamb�m registrou problemas devido � seca, principalmente no noroeste do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina. Para amenizar a situa��o, o governo federal est� deslocando 200 mil toneladas de milho para a regi�o afetada. “Desse montante, mais de 140 mil j� foram para os dois estados por meio de remo��o”, disse o superintendente.

“O governo usa, acertadamente, o pr�mio de escoamento da produ��o e a venda da produ��o como instrumentos para regular a situa��o. � uma atitude elogi�vel. O problema � que falta volume, porque o consumo e a car�ncia de milho s�o sempre grandes. A avicultura consome, por m�s, 3 milh�es de toneladas, valor bem acima do estoque anunciado pela Conab, que � apenas um paliativo e n�o d� condi��es para a regula��o do pre�o”, disse o presidente da Ubabef, Francisco Turra.

Ele explicou que, no caso do milho, o pa�s tem um bom estoque, “mas nas m�os do setor privado”. Na opini�o de Turra, “para melhorar a situa��o, a Conab precisa intermediar mais leil�es, inclusive de fretes de milho. Atualmente sobra milho nas �reas de produ��o, mas falta nas �reas de consumo porque a produ��o brasileira est� tomando outro destino, onde os pre�os est�o mais atrativos”.

A falta de ra��o para frangos � mais sentida pelos pequenos produtores, segundo o presidente da Ubabef. “Eles n�o t�m capital de giro e n�o conseguem comprar. Ficam � merc� de um programa governamental como esse, para ter acesso ao milho. � um gesto bonito do governo, mas � pouco. Para o brasileiro, isso � melhor do que o milho ter como destino os portos e o mercado externo”.

Somente em julho a exporta��o chegou a 1,7 milh�o de toneladas de milho, segundo Turra. O reflexo disso, explicou o avicultor, � a redu��o da produ��o de frango. “Esse cen�rio n�o est� restrito ao Brasil. H� cerca de duas semanas, durante um congresso mundial de avicultura que reuniu representantes de 93 pa�ses na Bahia, os produtores de frango anunciaram redu��o de 10% na produ��o mundial. No Brasil, a redu��o m�nima dever� ser 10%, causada pela alta do pre�o dos insumos e pela dificuldade de reabastecimento”.

Com isso, acrescentou, o repasse ao pre�o final ser� inevit�vel. “Temos informa��o que isso j� est� acontecendo. O aumento do custo para o produtor j� est� acima de 25%, e temos informa��o que, para o consumidor, o pre�o final j� aumentou cerca de 15%”.


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