As quedas nos pre�os do feij�o (-10,08%), do autom�vel usado (-1 51%) e da energia el�trica (-0,87%) limitaram a alta dos alimentos sobre o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) na terceira quadrissemana de agosto. A avalia��o foi feita nesta segunda-feira pelo coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, em entrevista � Ag�ncia Estado, na sede da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe).
Se n�o fossem os recuos dos tr�s itens acima, o IPC, que atingiu 0,27% na terceira medi��o do m�s, ficaria 0,11 ponto porcentual maior, com uma taxa de 0,38%. "S�o produtos que t�m peso importante na composi��o do �ndice. Sem n�o fossem essas quedas, certamente a infla��o ficaria maior", disse.
O recuo nos pre�os de energia, segundo Costa Lima, foram importantes para a taxa menor do grupo Habita��o (-0,01%) na terceira leitura do m�s, depois de um aumento de 0,16% na passada. "O efeito da redu��o no pre�o da tarifa demorou para acontecer. Agora, junto com a diminui��o do PIS/Cofins, est� deixando o grupo com uma infla��o mais baixa", explicou.
De acordo com Costa Lima, os reflexos da redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis novos (de -1,31% para -0,50% no IPC) j� perderam for�a e os pre�os podem at� voltar a subir, caso o benef�cio n�o seja renovado. Mesmo que a medida seja estendida, ele acredita que os efeitos ser�o limitados. "O impacto se esgotou, mas no caso dos usados (de -1 20% para -1,51%) ainda � significativo", afirmou.
A varia��o negativa nos pre�os de ve�culos, destacou o coordenador do IPC, ajudou na defla��o de 0,30% do grupo Transportes na terceira quadrissemana de agosto. "Mas os pre�os ainda em baixa dos combust�veis tamb�m influenciaram na queda do grupo". O etanol cedeu 1,05% na terceira quadrissemana o m�s, depois de cair 1,07%. J� a gasolina recuou 0,47%, ante -0,45% na segunda leitura de agosto.
No caso do feij�o, Costa Lima salientou que, apesar da queda de 10,08% na terceira leitura do m�s frente � anterior, os pre�os do cereal t�m altas acumuladas expressivas, de quase 57% em 12 meses at� julho e de 37%, de janeiro at� o s�timo m�s de 2012. "A queda ainda n�o compensa as recentes eleva��es", disse.
Demais grupos
Ao avaliar o IPC de 0,27% na terceira quadrissemana de agosto, o coordenador do �ndice ressaltou que a acelera��o da infla��o de 0,60% do grupo Sa�de, ante 0,41% na segunda medi��o, pode diminuir em setembro. Isso porque, disse, boa parte dos contratos de assist�ncia m�dica (1,09%), que impulsionaram os pre�os para cima no per�odo, tem anivers�rio em julho e agosto. "Em setembro, a press�o deve ser menor", estimou.
Na terceira quadrissemana do m�s, o grupo Vestu�rio (0,20% ante -0,02%), tamb�m mostrou pre�os maiores, influenciados pelo aumento nos pre�os de cal�ados (1,47%), enquanto os demais componentes ainda mostraram defla��o, disse Costa Lima.
Em rela��o ao conjunto de pre�os de Despesas Pessoais (de 0,76% para 0,77%), o coordenador do IPC disse que o que influenciou no movimento, al�m das passagens a�reas (6,14%), foi o item Viagem/Excurs�o, que subiu 0,99%.