Mesmo com rendimento menor provocado pela mudan�a de regras, a caderneta de poupan�a continua sendo a aplica��o preferida dos investidores. Culpa das taxas de administra��o dos fundos de renda fixa, que est�o afugentando os grandes aplicadores. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a capta��o l�quida da poupan�a continuou forte em agosto. No m�s, os dep�sitos superaram os saques em R$ 3,49 bilh�es. � o segundo maior resultado para meses de agosto desde 2002.
Os poupadores j� perceberam que a tradicional caderneta, que n�o tem taxa de administra��o e nem sofre a incid�ncia do Imposto de Renda, � uma boa alternativa. C�lculos da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac) mostram ainda que os fundos de renda fixa s� s�o vantajosos se a taxa de administra��o for igual ou inferior a 0,5%. Acima desse percentual e at� 1%, s� empatam com a poupan�a se o prazo de investimento for acima de seis meses.
Desde maio, quando o governo anunciou as novas regras, que os novos dep�sitos em caderneta deixaram de render juros fixos de 0,5% ao m�s acima da Taxa referencial (TR) o que dava, ao ano, pelo menos 6,17%. Pelas novas regras, toda vez que a taxa de juros b�sica da economia estiver num patamar igual ou abaixo de 8,5%, a poupan�a passa a render 70% da taxa Selic mais TR. Atualmente a taxa Selic est� em 7,5% ao ano.
Segundo os dados do BC, a poupan�a acumula saldo de R$ 465,1 bilh�es. O volume das contas cresce todo m�s n�o apenas pela capta��o l�quida positiva, mas tamb�m pela incorpora��o dos rendimentos. S� em agosto, por exemplo, al�m dos dep�sitos terem superado os saques em R$ 3,49 bilh�es, mais R$ 2,14 bilh�es foram agregados �s contas a t�tulo de rendimento.
DESEMBOLSOS DO BNDES
As medidas de est�mulo adotadas pelo governo no primeiro semestre come�aram a refletir sobre as opera��es de cr�dito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Balan�o divulgado ontem pela institui��o aponta crescimento de 5,6% (R$ 14,3 bilh�es) na libera��o de recursos (desembolsos) em julho em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Mesmo assim, no acumulado do ano (janeiro a julho), os desembolsos registram queda de 2% na compara��o com o ano anterior. Segundo o presidente do banco, Luciano Coutinho, essa situa��o deve se inverter com os dados de agosto. De acordo com o balan�o divulgado, os desembolsos foram puxados pelos investimentos da ind�stria. A alta verificada no m�s foi de 133% (R$ 7,6 bilh�es) em rela��o ao mesmo per�odo de 2011. Entre os destaques da ind�stria est�o a �rea mec�nica, metalurgia, qu�mica e petroqu�mica.