O crescimento do fluxo de ve�culos pelas estradas administradas pelo setor privado em agosto, de 0,2% na compara��o com julho, foi puxado pela normaliza��o dos estoques no setor automotivo, que levou a um crescimento de 4,4% nas passagens de ve�culos pesados pelas pra�as de ped�gios. A avalia��o � do economista Rafael Bacciotti, da Tend�ncias Consultoria, que calcula o �ndice da Associa��o Brasileira de Concession�rias de Rodovias (ABCR).
"O setor automotivo normalizou estoques, com aumento de venda e produ��o, e impactou a atividade como um todo, devido � import�ncia da sua cadeia de suprimentos", disse Bacciotti. De acordo com ele, os est�mulos ao consumo, como a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prorrogada por dois meses, e a diminui��o das taxas de financiamento para compra de autom�veis, reanimaram a ind�stria em agosto.
De acordo com o economista da Tend�ncias, apesar de n�o alterarem nenhuma estrutura e n�o mexerem na competitividade do Pa�s, "essas medidas ajudaram na recupera��o da ind�stria e, consequentemente, impulsionar�o o PIB deste ano, limitado pelos efeitos da crise internacional".
Bacciotti avalia que o Programa de Concess�es de Rodovias e Ferrovias lan�ado pelo governo federal e a redu��o da tarifa de energia el�trica para os consumidores industrial e residencial, anunciada na semana passada, definem uma perspectiva positiva para o cen�rio econ�mico. "Investir mais em infraestrutura e reduzir custos do processo produtivo s�o iniciativas que de fato melhoram a competitividade do Pa�s no caminho para manter o crescimento sustent�vel ao longo dos anos", comenta Bacciotti.
Em bases anuais, a movimenta��o de ve�culos pelas estradas brasileiras administradas pelo setor privado cresceu 5,4% em agosto na compara��o com o mesmo m�s do ano passado. Pela mesma base de compara��o, o fluxo de ve�culos leves avan�ou igualmente 5,4% e o de pesados, 5,2%. No acumulado dos �ltimos doze meses encerrados em junho, a circula��o total de ve�culos pelas estradas pedagiadas fechou com uma expans�o de 4%. O movimento de leves cresceu 4,3% e o de pesados, 3,2%.