Numa clara refer�ncia ao governo Fernando Henrique Cardoso por causa do "apag�o" que afetou todo o Pa�s, a presidente Dilma Rousseff, lembrou que o in�cio do seu trabalho no governo petista foi no setor de energia el�trica. "Quando me tornei ministra de Minas e Energia de Lula t�nhamos um pa�s com s�rio problema de energia, que amargou em racionamento e que afetou empresas e levou restri��es � popula��o", disse. "Amargamos oito meses de racionamento, que gerou preju�zo a todos." A presidente lembrou que, neste momento, a �ndia passa por problemas similares aos daquela �poca.
A partir de 2003, segundo ela, um "grande trabalho" em energia foi realizado no Pa�s. "Por isso, a redu��o das tarifas � um importante momento da pol�tica energ�tica que implantamos em 2003; � um ciclo virtuoso e que ter� din�mica pr�pria", frisou.
A presidente salientou que o risco de racionamento foi eliminado ao mesmo tempo em que foram criadas condi��es para realizar investimentos. "Tivemos que construir esse setor, que � fundamental para qualquer empresa", pontuou.
Dilma relatou tamb�m que, quando foi convocada para fazer novo modelo de energia, foram adotadas tr�s exig�ncias passadas pelo presidente Lula: garantia de seguran�a de fornecimento (n�o poderia faltar luz nos 365 dias do ano e nas 24 horas do dia), ado��o de tarifas m�dicas ao consumidor e acesso universal � energia. "Sem sombra de d�vida eliminamos risco de racionamento e criamos condi��es de energia alternativa", refor�ou.
A presidente disse ainda que foi dada estabilidade e seguran�a ao mercado de energia el�trica, que at� ent�o n�o funcionava bem. "O modelo, sem d�vida, deu certo", concluiu. "Mesmo com a economia crescendo, n�o faltou energia ao Pa�s. Aumentamos a produ��o e asseguramos a transmiss�o, a distribui��o, e a matriz el�trica continuou como uma das mais limpas do mundo", ressaltou.
Velhas senhoras
Dilma tamb�m destacou que as medidas anunciadas hoje s� s�o poss�veis porque o Pa�s tem energia hidrel�trica. "O peso dessa energia permite que tenhamos condi��es de reverter os benef�cios para o consumidor. Esse � um ativo da sociedade brasileira. Isso ainda nos trar� frutos muito bons", considerou.
Ela disse que o governo inicia agora uma nova etapa, pois h� concess�es vencendo. "Nessa nova etapa, os pre�os da energia v�o contribuir para assegurar menor custo e maior competitividade �s empresas. Isso decorre do fato de a matriz de energia ter como base a hidreletricidade. S�o velhas senhoras, algumas com mais de 70 anos, e precisamos transferir (os benef�cios) para a popula��o", disse, em refer�ncia � idade de usinas hidrel�tricas.