O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, afirmou � Ag�ncia Estado que a infla��o em 2013 tende a ficar perto dos 5%, dado que a economia vai acelerar no pr�ximo ano. "O n�vel de atividade estar� rodando entre 3,8% e 4% no �ltimo trimestre deste ano ante o mesmo per�odo de 2011. E � bem vi�vel que o Pa�s avance 4% no ano que vem", comentou. Ele n�o acredita que o PIB suba at� 5% no pr�ximo ano, como chegou a afirmar o secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda, para quem o Pa�s registrar� expans�o entre 4% e 5% em 2013. Ele acredita que o Brasil exiba expans�o pouco inferior a 2% neste ano.
"O Pa�s pode at� crescer 5% em 2013, mas tem de ver como ficar� a economia", comentou, referindo-se especialmente ao desempenho da infla��o no pr�ximo ano. Na avalia��o de Delfim, � bem prov�vel que o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) fique um pouco acima de 5% em 2012, com um n�vel modesto de crescimento da economia. Para o pr�ximo ano, como o Brasil deve registrar uma taxa de incremento do PIB de pelo menos o dobro do que deve ser apurado neste ano, � plaus�vel imaginar que haver� press�es inflacion�rias pelo fortalecimento da demanda agregada. E nesse c�lculo � levado em conta o aux�lio da redu��o dos pre�os de energia no IPCA, que deve variar de 0,5 a 0,6 ponto porcentual em 2013, de acordo com Nelson Barbosa.
Delfim pondera que o patamar de c�mbio atual, entre R$ 2,00 e R$ 2,10, � favor�vel � economia e ficou satisfeito com o coment�rio de Barbosa, segundo o qual o governo n�o vai tolerar aprecia��es adicionais da cota��o do real ante o d�lar. "Para mim, a economia ficaria melhor com c�mbio pouco acima de R$ 2,10, e isso n�o traria impacto sobre a infla��o", disse, destacando que o n�vel de atividade da economia do Brasil est� abaixo do seu potencial h� v�rios trimestres e h� grande capacidade ociosa do setor produtivo.
Delfim, contudo, acredita que o IPCA pode continuar a receber ajuda desinflacion�ria do exterior em 2013, pois a economia mundial continuar� a apresentar um desempenho fraco. "Os EUA podem at� melhorar um pouco, especialmente se o presidente Barack Obama for reeleito, pois ele pelo menos ter� aprendido algo no primeiro mandato", disse.
"A Europa vai continuar patinando em 2013", destacou o ex-ministro da Fazenda. "Contudo, o presidente do BCE, M�rio Draghi, est� fazendo um �timo trabalho. Se n�o fosse ele, j� teria ocorrido uma crise banc�ria fenomenal no continente, o que poderia ter ru�do a uni�o monet�ria", destacou. Ele se referiu �s a��es adotadas por Draghi para conter os efeitos recessivos em pa�ses com problemas s�rios na regi�o, como a inje��o de pouco mais de 1 trilh�o de euros na compra de t�tulos p�blicos de longo prazo junto a bancos comerciais, e agora com o programa de aquisi��o de pap�is soberanos sem limites, o que est� ajudando a reduzir os juros dos b�nus da Espanha e It�lia, conhecida pelo nome Transa��es Monet�rias Completas, ou pela sigla OMT em ingl�s.