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Estado de Minas

Audi�ncia entre funcion�rios e Correios acaba sem acordo

Greve continua e ju�za determina que sindicato precisa garantir a presta��o de servi�os com participa��o de 40% dos trabalhadores em cada setor


postado em 19/09/2012 13:35 / atualizado em 19/09/2012 14:04

Terminou sem acordo a audi�ncia de tentativa de concilia��o entre a Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos (ECT) e a Federa��o Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Tel�grafos (Fentect) no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Segundo a ECT, a greve ocorre agora em 19 Estados mais o Distrito Federal. N�o aderiram ao movimento, de acordo com os Correios, os Estados do Acre, Bahia, Maranh�o, Mato Grosso do Sul, Rond�nia, Roraima, Amap� (que n�o possui sindicato da categoria) e a regi�o mineira de Juiz de Fora e Uberaba.

J� conforme a Federa��o Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Tel�grafos (Fentect), a greve contou com a ades�o de um total de 22 a 25 sindicatos dos 35 existentes. Al�m disso, haver� duas assembleias nesta quarta e outra no pr�ximo dia 24.

Em Minas Gerais, os Correios informaram que apenas 2,2% do quadro de funcion�rios, hoje com 11.259 empregados, aderiu ao movimento. J� o sindicato que representa a categoria disse que o movimento em Minas � crescente, com ades�es em Belo Horizonte e em cidades do interior, como Te�filo Otoni e Governador Valadares.

Conforme a Fentect, com a recusa da proposta do TST pela empresa as paralisa��es continuar�o e poder�o ser ampliadas. Al�m de uma s�rie de reivindica��es sociais, a Fentect exige reajuste salarial de 43,7%. Segundo a Federa��o, o porcentual busca recuperar o poder aquisitivo desde 1994, in�cio do Plano Real. "Achamos que a empresa tem condi��es de repassar mais do que foi oferecido", disse o secret�rio geral de Fentect, Edson Dorta, durante a audi�ncia. A empresa ofereceu reajuste de 5,2%.


A proposta apresentada pela federa��o estava muito acima da capacidade dos Correios", argumentou o vice-presidente de gest�o de pessoas da companhia, Larry de Almeida. A ju�za do TST Maria Cristina Peduzzi afirmou que identificou um "abismo" entre os porcentuais apresentados pelos dois lados. "As propostas e contrapropostas que est�o sendo avaliadas aqui s�o muito distantes uma da outra", considerou.

A proposta da ju�za foi de reajuste de 5,2% sobre todos os sal�rios, al�m de um aumento linear de R$ 80,00. A sugest�o foi de que os benef�cios dos trabalhadores ficam todos mantidos, com reajuste dos vales alimenta��o e refei��o em 8,84%. Os reajustes dos demais benef�cios tamb�m seria de 5,2%, como o de cr�dito para a creche.

Al�m disso, a ministra prop�s a cria��o de mesas tem�ticas para discutir quest�es raciais, de g�nero, anistia e condi��es de trabalho na empresa. "Temos dificuldades em saber as repercuss�es que isso pode ocasionar para os Correios sem o conhecimento das condi��es financeiras da empresa. Mesmo assim fa�o a tentativa de concilia��o", observou a Maria Cristina.

A ECT rejeitou a proposta, argumentando que a previs�o de crescimento das receitas da empresa este ano � de 8%, enquanto o de despesa com pessoal, de 18%. "A nossa proposta inicial gera impacto de R$ 455 milh�es. A nova proposta levaria a R$ 854,6 milh�es. Fica muito dif�cil de podermos acolher financeiramente a sugest�o, pois o impacto realmente � grande", justificou o porta-voz da companhia.

O sindicato solicitou � ministra uma nova audi�ncia para tentar uma concilia��o com a empresa mais uma vez. "A greve vai se estender e o preju�zo para os Correios ser� maior. Estamos em greve com a intransig�ncia da empresa e isso vai causar preju�zo para todos", disse o sindicalista. De acordo com a Federa��o, os Correios realizaram dois reajustes da tarifa postal este ano, com alta superior a infla��o, um em maio e outro em agosto, que n�o foram repassados para os trabalhadores.

A ECT negou o aumento duplo, afirmando que a lei s� permite a eleva��o de pre�os uma vez por ano. Al�m disso, Dorta salientou que o piso salarial da categoria � de R$ 942,00, proporcionalmente inferior ao que era pago h� cerca de 10 anos, quando os profissionais ganhavam, como base, o equivalente a tr�s sal�rios m�nimos. "Isso demonstra perda", comparou o secret�rio da Fentect.

Garantia da presta��o de servi�o

A ju�za Maria Cristina Peduzzi reconheceu que a greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos (ECT) j� atinge a maioria da categoria. "Foi identificado o car�ter nacional do movimento", disse. Ela determinou, por�m, que o sindicato precisa garantir a presta��o de servi�os com participa��o de 40% dos trabalhadores em cada setor.

Caso a determina��o n�o seja cumprida, ser� aplicada multa di�ria de R$ 50 mil �s federa��es representantes dos trabalhadores. O despacho, segundo a ministra, ser� publicado imediatamente no di�rio eletr�nico da Justi�a. A ju�za disse que, apesar de n�o considerar o servi�o dos Correios de car�ter essencial prevista em lei, ele � importante para a sociedade, que n�o pode ficar desprovida. Por isso, adotou a faixa m�nima de atua��o.

A ministra Katia Arruda ser� a relatora do processo protocolado pela ECT contra a greve. Segundo Maria Cristina, as duas partes devem se manifestar at� o dia 24, ao meio-dia.


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