O Tribunal Superior do Trabalho (TST) estipulou hoje que 40% dos funcion�rios em cada ag�ncia dos Correios devem manter as atividades durante a greve da categoria. Caso a determina��o n�o seja cumprida, a Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Tel�grafos e Similares (Fentect) ser� multada em R$ 50 mil por dia.
A decis�o ser� publicada no Di�rio Oficial da Justi�a de amanh�. A federa��o manifestou insatisfa��o em rela��o � decis�o da ministra Maria Cristina Peduzzi, que conduziu a audi�ncia de concilia��o hoje entre as partes, que acabou sem acordo. Segundo Maria Cristina, foi considerada a proximidade do per�odo eleitoral e a necessidade de manuten��o dos servi�os.
De acordo com a Fentect, cerca de 84% dos funcion�rios aderiram � paralisa��o, o equivalente a 117 mil dos 120 mil empregados. Segundo os Correios, apenas 9% dos trabalhadores aderiram. Dos 35 sindicatos filiados � federa��o, 25 est�o parados. Com a decis�o do TST, devem trabalhar, no m�nimo, 48 mil funcion�rios.
Na audi�ncia de concilia��o, a ministra Cristina Peduzzi prop�s reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80, pagamento de bonifica��o no final de ano em parcela �nica de R$ 575 e a negocia��o conjunta das demais quest�es reivindicadas pelos trabalhadores. A Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos (ECT) rejeitou o aumento linear de R$ 80, argumentando impacto de cerca de R$ 950 milh�es.
A Fentect reclama que a empresa n�o repassa os lucros aos trabalhadores e pedem reajuste de 43% (33% de reposi��o e 10% de aumento), aumento linear de R$ 200, benef�cios, esclarecimentos sobre poss�veis mudan�as no plano de sa�de empresarial, pagamento de bonifica��o no final de ano e melhorias das condi��es de trabalho. Funcion�rios relataram � Ag�ncia Brasil que em muitos locais faltam protetor solar, bicicletas, uniformes, cadeiras e carimbos. Atualmente, a base salarial dos trabalhadores dos Correios � aproximadamente R$ 943.
As partes (funcion�rios e dire��o da empresa) t�m at� o meio-dia da pr�xima segunda para se manifestarem sobre o andamento das negocia��es. Caso n�o haja retorno, o diss�dio ser� encaminhado � ministra do TST, K�tia Arruda.