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Estado de Minas

Menor press�o agr�cola alivia 2� pr�via do IGP-M


postado em 19/09/2012 15:05

A press�o dos produtos agropecu�rios sobre a infla��o medida pelos �ndices gerais de pre�os (IGPs) est� perdendo for�a. Ap�s uma disparada provocada pela quebra de safra nos Estados Unidos, os pre�os do milho e da soja desaceleraram na segunda pr�via do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), pesquisa realizada de 21 de agosto a 10 de setembro. Os efeitos clim�ticos come�am agora a chegar ao consumidor, com o aumento de pre�os de alguns alimentos no varejo. No segundo dec�ndio, o IGP-M ficou em 0,84% ante 1,38% na mesma pr�via do m�s anterior.

Apesar da desacelera��o na margem, o IGP-M acumula alta de 6,95% no ano. Em 12 meses a taxa chega a 7,93%, a maior desde os 8,5% de julho de 2011. Para o coordenador dos IGPs da FGV, Salom�o Quadros, esse quadro inflacion�rio e os sinais de retomada da atividade reduzem as probabilidades de um novo corte da taxa b�sica de juros, hoje em 7,5% ao ano, pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom).

"O Banco Central estava olhando ao mesmo tempo para a infla��o e a atividade econ�mica, que estava com dificuldades para tomar f�lego. Diante dessa anemia, poderia fazer uma nova redu��o na Selic. Essa hip�tese agora parece mais afastada porque come�am a aparecer sinais de uma rea��o da economia", diz Quadros, citando indicadores antecedentes positivos, como a produ��o de papel�o ondulado.

Na segunda pr�via do IGP-M de setembro, os pre�os no atacado vieram mais baixos, com o IPA-M saindo de 1,94% em agosto para 1 11%. O IPA agr�cola foi de 2,60%, quase metade do porcentual apurado no m�s anterior (5,43%). Os pre�os no atacado pesam 60% nos IGPs.

Embora a infla��o da soja continue em um patamar elevado e como uma das principais influ�ncias do indicador, o pre�o do produto em gr�o subiu 4,56%, bem abaixo dos 10,43% de agosto. Vil�o da infla��o do m�s anterior, com alta de 20,10%, o milho registrou aumento de apenas 1,44% em setembro. J� o arroz em casca, na entressafra, teve um salto de 11,25%.

Para Adriana Molinari, analista da Tend�ncias Consultoria Integrada, os IGPs j� atingiram seu pico. A expectativa para os pr�ximos meses � de uma acomoda��o do IPA Agr�cola, principal fonte de press�o dos �ndices de pre�os em 2012. "A tend�ncia seria de um recuo dos pre�os agr�colas, retornando ao patamar anterior ao choque de oferta. Mas fica dif�cil avaliar se isso ocorrer� diante do cen�rio incerto da economia internacional", diz.

Adriana lembra que o min�rio de ferro, que segue em queda, come�ou a recuperar pre�os no mercado spot (� vista) da China. O movimento dever� se refletir nos IGPs, mas somente a partir de outubro. A consultoria projeta que o IGP-M fechado de setembro fique em 0,80%.

O economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Ot�vio Leal, esperava uma desacelera��o maior do IGP-M na segunda pr�via. A proje��o era de 0,70%, 0,14 ponto porcentual abaixo do apurado. Ele considera preocupante o dado do IPA Industrial, que veio forte (0,52%) apesar do fim do impacto do reajuste do diesel e de press�es baixistas do min�rio de ferro e do a�o. "Isso mostra que a infla��o est� mais espalhada pela cadeia industrial", avalia.


O economista prev� que os efeitos do choque de oferta sobre os estoques de gr�os no mundo se prolongar�o, impedindo uma revers�o da cota��o de itens como soja e milho. Para Leal, a descompress�o dos pre�os agr�colas � uma boa not�cia, mas acaba neutralizada pela perspectiva de novas press�es, como as que j� aparecem no complexo carnes. Os dados da segunda pr�via do IGP-M mostram uma alta de 2,42% no pre�o da carne su�na e de 1,61% na bovina ao consumidor, ap�s defla��o no m�s anterior.

Os sinais de que a infla��o iniciada nas commodities agr�colas come�a agora a contaminar os pre�os do varejo s�o claros. O �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) - que representa 30% do �ndice - na segunda pr�via do IGP-M avan�ou 0,37%, acima dos 0 26% de agosto. As despesas com o item Alimenta��o subiram 0,94%, puxadas pelas carnes bovinas (1,61%).

"O que se observa no frigor�fico j� est� sendo repassado no varejo. A alimenta��o dever ser o fator mais importante na acelera��o de pre�os ao consumidor daqui para frente", confirma Quadros. Ele diz, por�m, que a desacelera��o no atacado prevalecer� e que a tend�ncia � de uma desacelera��o dos IGPs.

O destaque no IPC-M de setembro, por�m, foi a eleva��o do pre�o do autom�vel novo, que saiu de -0,62% no m�s passado para 0,72%. O salto pode refletir um temor de que a isen��o do IPI n�o fosse prorrogada, o que acabou ocorrendo.

O �ndice Nacional da Constru��o Civil (INCC) contribuiu com 0 14% no m�s, ante 0,36% em agosto. A desacelera��o est� ligada com os pre�os da m�o de obra, que ficaram est�veis devido ao fim da rodada de reajustes salariais. Segundo Quadros, o item s� deve voltar a influenciar a taxa em novembro, quando h� novas negocia��es salariais previstas.


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