(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Emergentes fazem leg�tima defesa comercial, diz Dilma


postado em 25/09/2012 14:48

Ao iniciar o discurso de abertura da 67ª Assembleia-Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff se queixou nesta ter�a-feira que, ao retomar � mesma tribuna um ano depois, as principais lideran�as mundiais continuam apostando em medidas fiscais que n�o estimulam o crescimento e na pol�tica monet�ria como solu��o para acabar com a crise financeira. "A pol�tica monet�ria n�o pode ser a �nica resposta para resolver o crescente desemprego, o aumento da pobreza e o desalento, que afeta, no mundo inteiro, as camadas mais vulner�veis da popula��o", afirmou.

Ela avisou que os pa�ses emergentes v�o usar medidas para garantir as exporta��es e evitar preju�zos com as novas rodadas de inje��o de dinheiro novo no mercado pelos bancos centrais dos Estados Unidos, da Comunidade Europeia e do Jap�o. "N�o podemos aceitar que iniciativas leg�timas de defesa comercial por parte dos pa�ses em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse. "Devemos lembrar que a leg�tima defesa comercial est� amparada pelas normas da Organiza��o Mundial do Com�rcio", ressaltou. "O protecionismo e todas as formas de manipula��o do com�rcio devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira esp�ria e fraudulenta."


O alvo de Dilma era o Federal Reserve (o Fed, o banco central dos Estados Unidos), que anunciou a inje��o de US$ 40 bilh�es por m�s no mercado americano em t�tulos emitidos por �rg�os do governo. "Os bancos centrais dos pa�ses desenvolvidos persistem em uma pol�tica monet�ria expansionista, que desequilibra as taxas de c�mbio", afirmou. "Com isso, os pa�ses emergentes perdem mercado, devido � valoriza��o artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global."

Num plen�rio que aguardava com ansiedade o debate sobre a crise no Oriente M�dio, Dilma Rousseff gastou boa parte dos 24 minutos de discurso para manter a posi��o brasileira de defesa do multilateralismo e de maior coordena��o dos f�runs mundiais para frear as "pol�ticas ortodoxas" adotadas pelos pa�ses desenvolvidos que, segundo ela, agravaram a crise econ�mica iniciada em 2008, com repercuss�o nos pa�ses emergentes. "Essa coordena��o deve buscar reconfigurar a rela��o entre pol�tica fiscal e monet�ria, para impedir o aprofundamento da recess�o, controlar a guerra cambial e reestimular a demanda global."

Dilma criticou especialmente as exig�ncias fiscais da Comunidade Europeia em rela��o a pa�ses em dificuldades econ�micas. Ela avaliou que o Brasil, nos �ltimos anos, se desenvolveu e reduziu a pobreza e, ao mesmo tempo, evitou a infla��o. "Superamos a vis�o incorreta que contrap�e, de um lado, as medidas de incentivo ao crescimento e, de outro, os planos de austeridade", disse. "Esse � um falso dilema. A responsabilidade fiscal � t�o necess�ria quanto s�o imprescind�veis medidas de est�mulo ao crescimento."

Ela fez um balan�o dos esfor�os brasileiros para garantir o crescimento. "Mantivemos uma pol�tica econ�mica prudente, acumulamos reservas cambiais expressivas, reduzimos fortemente o endividamento p�blico e, com pol�ticas sociais inovadoras, retiramos 40 milh�es de pessoas da pobreza, consolidando o mercado interno de consumo", disse. "Fomos impactados pela crise", observou. "Mas, apesar da redu��o conjuntural do nosso crescimento, estamos mantendo o n�vel de emprego em patamares extremamente elevados."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)