Os sinais de retomada do crescimento da ind�stria de transforma��o est�o disseminados entre v�rios setores neste m�s de setembro, disse o superintendente-adjunto de Ciclos Econ�micos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. Segundo o economista, dois indicadores levam a essa conclus�o: o �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI), cujo total de g�neros que t�m o indicador em alta passou de quatro em agosto para oito em setembro, e o �ndice de Produ��o Prevista, em que 42,8% das empresas consultadas neste m�s esperam elevar a produ��o nos pr�ximos tr�s meses ante 38,8% registrados em agosto.
"Em agosto, a sondagem mostrava uma retomada concentrada na ind�stria automotiva. Agora, o otimismo est� disseminado", disse Campelo, durante entrevista coletiva na capital paulista. O crescimento do otimismo em rela��o ao aumento de produ��o nos pr�ximos tr�s meses pode ser visto com mais clareza na ind�stria de minerais n�o met�licos, qu�mica e mec�nica.
Na ind�stria mec�nica, o �ndice de Produ��o Prevista pulou de 104,3 pontos em agosto para 117,0 pontos em setembro, o maior n�vel desde junho, quando marcava 119,1 pontos. Na ind�stria de minerais n�o met�licos, o �ndice passou de 118,4 pontos para 133 4 pontos neste per�odo, o maior patamar desde abril (138,9 pontos). Nas empresas do ramo qu�mico, a expectativa quanto ao aumento da produ��o saltou de 108,4 pontos em agosto para 121,1 pontos neste m�s, o maior n�vel desde abril do ano passado (122 6 pontos).
No recorte por categorias de uso, o crescimento de agosto para setembro foi destaque na ind�stria de bens de capital, que saiu de um �ndice de Produ��o Prevista de 94,4 pontos em julho para 111,3 em agosto e 124,1 pontos em setembro, atingindo o maior patamar desde os 141,5 pontos de novembro �ltimo.
Tamb�m apresentou um crescimento consider�vel a ind�stria de bens intermedi�rios, cuja expectativa de aumento de produ��o passou de 117 pontos em agosto para 121,3 pontos em setembro. Em julho, estava em 116 pontos. Para Campelo, o aumento na expectativa desses dois setores sinalizam o in�cio do crescimento dos investimentos da ind�stria de transforma��o. "Bens de capital e intermedi�rios mostram uma rea��o frente � concorr�ncia de produtos importados, que vinham tomando mercado desses dois setores", explicou.