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Estado de Minas

IGP-M deve ter desacelera��o menor em outubro, diz FGV


postado em 27/09/2012 15:17

A taxa de infla��o medida pelo �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) tende a passar, em outubro, por um processo de desacelera��o menos intenso que o observado em setembro ante agosto. A avalia��o � do coordenador de An�lises Econ�micas da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Salom�o Quadros, que, em entrevista � Ag�ncia Estado, destacou que os itens de peso respons�veis pelo cen�rio de alta menor do indicador neste m�s podem ter esgotado este potencial ben�fico. Quanto ao �ndice no acumulado de 12 meses, ele previu que o panorama tende a ser levemente inverso. Uma das explica��es � de que h� uma expectativa de a atividade econ�mica do segundo semestre de 2012 ser um pouco melhor do que a do mesmo per�odo de 2011, quando este detalhe foi importante para trazer taxas mensais baixas ou at� em defla��o para o IGP-M.

Em setembro, conforme divulga��o feita nesta quinta-feira pela FGV, o indicador geral, que � usado como base para reajustes em contratos de aluguel, registrou infla��o de 0,97%, ainda alta, mas bem menos intensa que a de 1,43% de agosto. No acumulado de 12 meses, o IGP-M bateu em 8,07%, resultado mais forte que o de 7,72% de agosto e que deu continuidade a um cen�rio de acelera��o que vem sendo visto desde abril nesta base de compara��o.

Para a FGV, o grande segmento respons�vel pela desacelera��o na taxa mensal entre agosto e setembro foi o de pre�os agropecu�rios do atacado, cujo avan�o passou de expressivos 6 07% para 2,77% no per�odo. Salom�o Quadros lembrou que a mesma alta de commodities que ajudou a inflar o valor de itens, como a soja e o milho, no atacado nacional, passou por um processo natural de perda de impacto na sequ�ncia.

A soja em gr�o, por exemplo, saiu de uma eleva��o de 10,72% para 4,70% entre agosto e setembro. O milho em gr�o, por sua vez, passou de uma alta ainda mais significativa, de 20,33%, para um n�mero pr�ximo da estabilidade, de 0,11%. O comportamento dos itens agropecu�rios do atacado s� n�o foi melhor porque componentes importantes, como os bovinos, seguiram um caminho contr�rio. Estes �ltimos, por exemplo, sa�ram de uma baixa de 1 20% em agosto para um aumento de 2,79% em setembro.

O panorama que envolve os bovinos, atualmente em �poca sazonalmente desfavor�vel de pre�os no Brasil, tamb�m j� afetou a carne no atacado, que saiu de um modesto avan�o de 0,60%, em agosto, para uma eleva��o de 6,10%. O item foi um grande destaque de press�o de alta entre os pre�os industriais do atacado, que subiram 0,65% em setembro ante varia��o positiva de 0,47% em agosto.


Para outubro, Salom�o Quadros v� menos espa�o para soja e milho repetirem o processo visto em setembro no atacado. Em contrapartida, tamb�m n�o enxerga press�es na carne bovina t�o fortes quanto �s observadas nesta recente divulga��o da FGV.

"O IGP-M deve continuar em desacelera��o, mas acredito que ela n�o vai se repetir no mesmo ritmo. N�o deve ser na mesma magnitude que a de setembro ante agosto pelo simples fato de que quem liderou o processo de desacelera��o n�o tem o mesmo potencial para arrefecer tanto assim", comentou Quadros. "A alta da carne bovina vai chegar a um limite. No campo, o pre�o de frango e su�nos j� est� em desacelera��o, depois do impacto de eleva��o que teve com os gr�os via ra��o", afirmou, lembrando que a carne bovina tem uma esp�cie de "paridade" com estas demais e seu pre�o geralmente n�o descola muito dos valores das aves e de su�nos.

Se a expectativa de Quadros de desacelera��o menor na taxa do IGP-M em outubro se confirmar, h� possibilidade de o indicador ficar acima do observado no mesmo per�odo do ano passado, quando registrou infla��o de 0,53%. Com este detalhe, naturalmente a taxa acumulada em 12 meses tende a superar os 8,07% vistos at� setembro.

Questionado se o resultado poderia chegar � marca de 10% em dezembro, o coordenador preferiu n�o se prender a uma proje��o exata. Insistiu que a tend�ncia mais prov�vel � uma leve acelera��o, mas com uma taxa n�o muito distante da atual.

Na Rosenberg & Associados, os economistas divulgaram expectativas de comportamento em sintonia com as de Quadros nesta quinta-feira. Em relat�rio encaminhado a clientes e � imprensa, eles informaram que aguardam, para outubro, uma taxa de infla��o "pr�xima a 0,70%". Para o resultado acumulado de 12 meses no encerramento de dezembro de 2012, projetaram um n�mero entre 8,5% e 9,0%.


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