O d�ficit da Previd�ncia aumentou 90,4% entre julho e agosto deste ano e chegou a R$ 4,9 bilh�es, segundo o Regime Geral de Previd�ncia Social (RGPS). Em julho, o saldo negativo foi R$ 2,59 bilh�es. O crescimento do d�ficit � justificado pela antecipa��o, em agosto, da primeira metade do 13º sal�rio concedida a benefici�rios que recebem at� um sal�rio m�nimo (R$ 622) – que somaram R$ 2,5 bilh�es, dos quais 98,7% foram para a �rea rural (R$ 1,3 bilh�o), onde est� o maior n�mero de benefici�rios.
Segundo o RGPS, de janeiro a agosto deste ano, foram arrecadados R$ 169,3 bilh�es e gastos R$ 155,3 bilh�es pela Previd�ncia urbana, com saldo positivo de cerca de R$ 14 bilh�es, descontadas as ren�ncias previdenci�rias. O saldo foi 28,4% superior ao do mesmo per�odo em 2011. Na Previd�ncia rural, houve d�ficit de aproximadamente R$ 42,5 bilh�es, diferen�a entre os R$ 3,7 bilh�es arrecadados e os cerca de R$ 46,3 bilh�es gastos, considerando as ren�ncias. O saldo negativo foi 11,3% maior do que em 2011.
O valor m�dio dos benef�cios em 2012 foi R$ 901,72, aumento de 20,4% em rela��o a 2005, quando a m�dia era R$ 696,95. Em agosto de 2011, a m�dia foi aproximadamente R$ 866. Segundo o secret�rio executivo do Minist�rio da Previd�ncia Social (MPS), Leonardo Rolim, o crescimento desse valor � resultado das pol�ticas de valoriza��o do sal�rio m�nimo.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concede atualmente cerca de 29 milh�es de benef�cios, entre previdenci�rios, acident�rios e assistenciais. Segundo Rolim, a meta da Previd�ncia � atingir 30 milh�es ainda este ano.
O secret�rio executivo do minist�rio informou que a expectativa � a de que o balan�o da Previd�ncia encerre o ano com R$ 38 bilh�es de d�ficit, resultado dos super�vits da previd�ncia urbana e dos d�ficits da rural.
Atualmente, o saldo negativo das contas da Previd�ncia est� em R$ 39 bilh�es no acumulado dos �ltimos 12 meses. O secret�rio explicou que esse d�ficit dever� ser reduzido a R$ 37,6 bilh�es quando for recompensado � Previd�ncia valor referente �s desonera��es em folhas de pagamentos nos setores de tecnologia da informa��o, material el�trico, autope�as m�veis, t�xtil, naval, a�reo, entre outros.
As desonera��es s�o uma estrat�gia de est�mulo � ind�stria, no �mbito do programa Brasil Maior, do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio (Mdic). A compensa��o � Previd�ncia dever� ser feita ainda este ano, com a aprova��o de projeto de lei pela Comiss�o Mista de Or�amento do Congresso Nacional.