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Estado de Minas

M�dicos suspendem atendimento a planos de sa�de por at� 15 dias

Em Minas Gerais a suspens�o ser� de 10 a 18 de outubro


postado em 08/10/2012 14:46 / atualizado em 08/10/2012 15:00

M�dicos em todo o pa�s v�o suspender o atendimento a pacientes de planos de sa�de por um per�odo de at� 15 dias. O protesto, na maioria dos estados, est� previsto para come�ar na pr�xima quarta-feira. Esta � a quarta paralisa��o anunciada pela categoria em dois anos. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), ser�o suspensas apenas consultas e cirurgias eletivas – servi�os de urg�ncia e emerg�ncia n�o ser�o afetados.

Sete unidades federativas anunciaram a suspens�o do atendimento a todas as empresas de sa�de suplementar do pa�s. Em oito estados, o protesto vai atingir apenas operadoras de planos locais. H� ainda sete estados que ir�o realizar assembleias para definir os planos a serem atingidos.

Em Minas Gerais a suspens�o ser� de 10 a 18 de outubro. De acordo com a Associa��o M�dica de Minas Gerais (AMMG), durante este per�odo, os m�dicos mineiros n�o realizar�o consultas, nem outros procedimentos eletivos pelos planos de sa�de, seguindo orienta��o das entidades nacionais (AMB, CFM e Fenam). "Os pacientes previamente agendados ser�o atendidos em nova data, mas caso os pacientes optem pelo atendimento neste per�odo, os mesmos ser�o atendidos mediante pagamento com valores de refer�ncia nacional. Os casos de urg�ncia e emerg�ncia ser�o todos atendidos normalmente", informou em nota.

A AMMG ressaltou ainda que um dos objetivos da suspens�o � alertar a popula��o para a forma desrespeitosa com que os m�dicos e usu�rios est�o sendo tratados por v�rias empresas de planos de sa�de. "Muitos planos de sa�de interferem diretamente no trabalho do profissional, criam obst�culos para a solicita��o de exames e interna��es, al�m de pagarem valores irris�rios para consultas e procedimentos. Lembramos aos usu�rios que nem sempre os planos de sa�de com valores de mensalidades mais baixos representam os melhores. Por isso, antes de assinar um contrato com sua operadora, procure saber como ela trata de quem trata de voc�, ou seja, seu m�dico", explica.


Al�m do reajuste de honor�rios de consultas e outros procedimentos, a pauta de reivindica��es nacional inclui a inser��o, em contrato, dos crit�rios de reajuste, com �ndices definidos e periodicidade e o fim da interven��o dos planos na rela��o m�dico-paciente.

De acordo com o vice-presidente do CFM, Alo�sio Tibiri��, as receitas dos planos de sa�de no Brasil crescem, em m�dia, 14% ao ano, mas o reajuste n�o � passado aos m�dicos. Segundo ele, o valor pago por consulta realizada j� chegou a representar 40% dos gastos pelas operadoras, mas atualmente fica entre 14% e 18%.

“Defasou muito e est� bem aqu�m da pr�pria necessidade de sobreviv�ncia do m�dico no consult�rio”, disse. “Vivemos um conflito permanente com os planos de sa�de. Os quase 50 milh�es de usu�rios est�o em um gargalo de atendimento m�dico. Os planos n�o credenciam mais servi�os ou mais m�dicos por conten��o de custos”, completou.

Dados da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) indicam que, entre 2003 e 2011, a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor m�dio pago por consulta aumentou 65%. C�lculos da pr�pria categoria, entretanto, indicam que o reajuste foi 50%.

“A ANS suspendeu mais alguns planos por conta do tempo de espera. As emerg�ncias est�o superlotadas, praticamente igual ao Sistema �nico de Sa�de (SUS). O mercado de sa�de suplementar n�o atrai mais o m�dico, eles est�o saindo. A situa��o vai piorar”, ressaltou Tibiri��.

Para o vice-presidente da Associa��o M�dica Brasileira (AMB), Lairson Vilar, as operadoras t�m “boicotado” tratamentos de alto custo, reduzindo per�odos de interna��o e dificultando exames mais caros. Segundo ele, estudo feito em S�o Paulo indica que dois em cada dez usu�rios de planos de sa�de t�m procurado o servi�o p�blico no lugar das cl�nicas credenciadas. “� imposs�vel oferecer um servi�o de qualidade face a um desequil�brio t�o grande”, destacou.


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