O secret�rio da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, revisou a proje��o de crescimento da arrecada��o de impostos para 2012, de 5% para 2,5% em termos reais, em decorr�ncia do menor crescimento da economia brasileira neste ano e dos impactos das desonera��es que o governo vem fazendo para estimular a competitividade de alguns setores da economia. No come�o do ano, a expectativa em rela��o ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) era de 4% e agora est� ao redor de 1,6%.
O secret�rio, que participou do semin�rio "Como avan�ar na agenda da tributa��o", tema da s�rie de "F�runs Estad�o Brasil Competitivo", explicou que os impactos das desonera��es j� ocorreram. "A partir do segundo semestre, com a diminui��o do n�vel da atividade j� se refletiu na arrecada��o. Isso tamb�m por conta dos benef�cios fiscais que foram colocados para o consumo, notadamente com o IPI", disse o Barreto.
O secret�rio confirmou ainda as perspectivas de uma receita recorde no Or�amento de 2013 mesmo com as desonera��es feitas pelo governo. "O que est� previsto para o Or�amento de 2013 considera os fatores macroecon�micos j� colocados pelo governo e � poss�vel de ser atingida. At� porque, h� a expectativa de que haja recupera��o da atividade macroecon�mica, inclusive j� h� sinaliza��es de que, desde este trimestre, isso j� esteja ocorrendo", refor�ou o secret�rio.
A avalia��o de Barreto � a de que algumas medidas de desonera��es, adotadas em 2011, est�o surtindo efeitos neste ano e n�o ser�o mais necess�rias no ano que vem. Perguntado se j� em setembro poder� haver recupera��o da arrecada��o na compara��o anual, Barreto disse ser cedo para se afirmar isso. "N�o tenho este n�mero at� o momento", disse. Para ele, o certo � que da passagem de setembro para outubro a arrecada��o j� mostrar� crescimento. De julho para agosto, de acordo com a Receita Federal, a arrecada��o federal caiu 12,36%, de R$ 87,947 bilh�es para R$ 77,074 bilh�es.