A proje��o do Banco Central para a infla��o, pelo cen�rio de refer�ncia e de mercado, manteve-se est�vel para 2012, mas acima do centro da meta de 4,5% estipulado pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN). A avalia��o est� na ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central, e sua compara��o � com o documento publicado ap�s a reuni�o de agosto. O sistema de metas de infla��o usa como refer�ncia o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA).
O cen�rio de refer�ncia leva em conta as hip�teses de manuten��o da taxa de c�mbio em R$ 2,05 e da taxa Selic em 7,50% ao ano em todo o horizonte avaliado. O cen�rio de mercado considera as trajet�rias de c�mbio e de juros coletadas com analistas de mercado antes da reuni�o do Copom.
Para 2013, a proje��o de infla��o reduziu-se em ambos os cen�rios, mas ainda se posiciona, nos dois casos, acima do valor central da meta. Para o terceiro trimestre de 2014, segundo o documento, a proje��o encontra-se acima do valor central da meta em ambos os cen�rios.
Recupera��o econ�mica
Na ata desta quinta-feira foi retirada a "gradual" para definir a recupera��o da economia dom�stica. A express�o constava no documento da reuni�o anterior. Naquela ata, os diretores salientaram que "o Copom avalia que a recupera��o da atividade econ�mica dom�stica tem se materializado de forma gradual".
Agora, o grupo destacou apenas que o cen�rio central contempla um ritmo de atividade dom�stica mais intenso neste semestre e no pr�ximo ano. O colegiado identificou tamb�m agora um recuo na probabilidade de ocorr�ncia de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais.
Ao mesmo tempo ponderou que o ambiente externo permanece complexo, devido � aus�ncia de solu��o definitiva para a crise financeira europeia e aos riscos associados ao processo de desalavancagem - de bancos, de fam�lias e de governos - que est�o em curso nos principais blocos econ�micos.
O Copom nota ainda que o cen�rio para importantes economias emergentes se apresenta "mais desafiador do que se antecipava". O cen�rio prospectivo para a infla��o, segundo os diretores, embora tenha sido negativamente impactado por choques de oferta associados a eventos clim�ticos, dom�sticos e externos, para o curto prazo manteve sinais favor�veis em prazos mais longos. "Dessa forma, o Copom ressalta que, no cen�rio central com que trabalha, a infla��o tende a se deslocar na dire��o da trajet�ria de metas."