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Estado de Minas

Sal�rios sobem at� 70% entre os profissionais com experi�ncia


postado em 22/10/2012 06:53 / atualizado em 22/10/2012 08:05

Luiz Jorge Ribeiro vai premiar pedreiro com um carro zero-quilômetro(foto: (Beto Novaes/EM/D.A Press - 2/8/12))
Luiz Jorge Ribeiro vai premiar pedreiro com um carro zero-quil�metro (foto: (Beto Novaes/EM/D.A Press - 2/8/12))

Entre os trabalhadores mais qualificados � ainda maior a frequ�ncia da recusa �s propostas salariais defasadas. H� mais de 15 anos no ramo de assessoria e consultoria em recursos humanos, Milta Rocha passou a dedicar parte do seu tempo a convencer os clientes da necessidade de ajustar as remunera��es oferecidas para contratar de programadores do setor de tecnologia da informa��o (TI) a arquitetos, engenheiros e profissionais da pr�pria �rea de RH. Sal�rios de R$ 4 mil para arquitetos e de R$ 6 mil para engenheiros s�niores, portanto, com experi�ncia, n�o s�o mais aceitos, diante de uma valoriza��o que chegou a 70%. Para ocupar vagas nas �reas operacionais das empresas, esses profissionais j� t�m sido remunerados por R$ 6 mil e R$ 10,2 mil, respectivamente.

Para come�ar a conversar com um candidato a gerente de RH, a empresa n�o pode oferecer menos de R$ 12 mil, quando as propostas giravam, no ano passado, em torno de R$ 8 mil. Evolu��o semelhante das pretens�es ocorreu nas contrata��es de gerentes de TI, que almejam vencimentos de R$ 9,2 mil, quando h� um ano recebiam propostas de R$ 6,6 mil. “Os sal�rios s�o muito din�micos. Se a empresa n�o valorizar o profissional experiente e qualificado e investir nisso, perde a chance da boa contrata��o para o concorrente”, afirma Milta Rocha.

O engenheiro de telecomunica��es Orlando Augusto Moreira de Paoli, de 27 anos, vivencia a disputa das empresas pelos profissionais da �rea desde que se formou, quatro anos atr�s. Antes de concluir a gradua��o, ele foi contratado por uma grande operadora de telecomunica��es em que estagiou e que o perdeu para um concorrente. Disposto a buscar novos desafios, h� um ano ele aceitou proposta para trabalhar como gestor em uma empresa menor, mas em crescimento, e que al�m de remunera��o 30% superior ofereceu benef�cios como um sal�rio de b�nus a cada semestre e metade das despesas de um curso de MBA.

“N�o fui tratado como um c�digo de barras. Fui reconhecido como profissional e estimulado, algo que n�o tem pre�o”, diz Orlando Paoli, que assumiu a fun��o de coordenador comercial da mineira Telbrax. A proposta ideal, na avalia��o dele, � a que comp�e boa remunera��o, desafios profissionais e oportunidades de crescimento. A receita � seguida � risca pelo diretor da Greenvalle Construtora, de BH, Luiz Jorge Ribeiro. Para reter o pessoal dos canteiros de obras, ele tem autonomia para oferecer ganhos de 10% acima dos sal�rios de mercado e concilia benef�cios adicionais. A premia��o pode ser uma cesta de produtos para as mulheres dos empregados que durante os 30 dias do m�s chegaram pontualmente ao trabalho e n�o registraram falta ou ainda um cart�o com cr�ditos para compras.

Em reconhecimento ao talento do melhor pedreiro de acabamento, que est� na empresa h� 10 anos, Jorge Ribeiro revela que o surpreender� com um Fiat Mille zero-quil�metro como pr�mio se cumprir a tarefa dada a ele, de concluir em 90 dias, com dois ajudantes, a fase de acabamento de um pr�dio de oito andares na capital. Obras terminadas no prazo tamb�m s�o motivo de gincana para os empregados, com a distribui��o de pr�mios no valor total de R$ 20 mil. “Todo dia experimentamos premia��es relacionadas a tarefas de curto prazo, porque precisamos de gente qualificada. As dificuldades persistem, mas temos conseguido manter um turn over baixo e n�o enfrentamos nenhuma causa trabalhista”, conta Ribeiro.

Falha est� na forma��o

“A redu��o dos �ndices de desemprego na �ltima d�cada, a melhora dos rendimentos e o aumento da escolaridade do trabalhador t�m permitido que as pessoas rejeitem condi��es mais prec�rias de trabalho. Neste ano, t�m ocorrido oscila��es dos rendimentos, mas a tend�ncia � que, descontada a infla��o, eles fiquem muito pr�ximos do que vimos no ano passado (o rendimento m�dio na Grande BH foi de R$ 1.415 mensais em 2011). Em alguns setores n�o h� apag�o de m�o de obra, e sim o resultado de um processo anterior de aquecimento forte e da falta de um programa de forma��o de pessoal.“

 


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