O desconto na tarifa de energia a partir da desonera��o da conta de luz e renova��o de contratos de geradoras e transmissoras, previsto na Medida Provis�ria 579, poder� superar os 20% estimados inicialmente, segundo o diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Nelson Hubner. Pelos c�lculos da ag�ncia, al�m dos descontos previstos, o consumidor ser� beneficiado com a revis�o tarif�ria cujo porcentual ir� incorporar a exclus�o de usinas t�rmicas leiloadas que n�o iniciaram opera��o no prazo determinado, como as usinas do Grupo Bertin.
Hubner explica que a tarifa dessas t�rmicas era considerada no c�lculo do reajuste da tarifa cobrada do consumidor, embora a energia estimada para essas usinas n�o estivesse sendo alocada na rede de transmiss�o. Sem o peso dessas usinas, o custo de produ��o de todo o sistema nacional diminui e, proporcionalmente o custo para o consumidor final. Hubner afastou ainda a hip�tese de que a decis�o da Cemig de n�o renovar a concess�o de tr�s usinas ir� interferir nas proje��es de redu��o tarif�ria.
O diretor-geral da Aneel informou tamb�m que nesta sexta-feira (25) ir� entregar ao Minist�rio de Minas e Energia (MME) o c�lculo referente � deprecia��o dos investimentos realizados pelas empresas el�tricas cujas renova��es ser�o antecipadas. A previs�o � que o valor da indeniza��o seja divulgado pelo governo no dia 1º de novembro. Hubner adiantou, entretanto, que o valor total a ser pago ficar� em torno de R$ 20 bilh�es, como previa o mercado.
Ap�s participar de palestra no XX Semin�rio Nacional de Distribui��o de Energia El�trica (Sendi), o diretor-geral da Aneel disse ainda ser democr�tica a posi��o do governo de S�o Paulo de recorrer � Justi�a para garantir que os contratos de concess�es de usinas da Cesp sigam as condi��es anteriores � MP 579. "Mas na Aneel n�o tem negocia��o", ressaltou.