Depois de cair 10% na primeira quinzena, o mercado de carros novos reagiu na segunda metade do m�s e este deve ser o melhor outubro da hist�ria em vendas. Mesmo sem a esperada corrida �s lojas pelo fato de a presidente Dilma Rousseff ter antecipado, h� uma semana, o an�ncio da prorroga��o do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para acabar hoje, as vendas v�o superar 330 mil ve�culos, incluindo caminh�es e �nibus.
At� segunda-feira (29), segundo dados do mercado, foram licenciadas 299,7 mil unidades, das quais 286,8 mil s�o autom�veis e comerciais leves, segmento beneficiado pela redu��o do imposto, agora v�lido at� o fim do ano. Na compara��o com setembro - que havia registrado queda significativa em rela��o ao resultado recorde de agosto - os dados preliminares mostram alta de 4% nas vendas totais, com uma recupera��o no mercado de caminh�es, e de 3,2% em autom�veis e comerciais leves.
No acumulado do ano, os licenciamentos est�o quase 4% acima do registrado em igual per�odo de 2011, com 3,089 milh�es de unidades. Em autom�veis e comerciais, a soma chega a 2,95 milh�es de unidades, alta de 5,27%.
Com tr�s dias �teis a mais que setembro, a ind�stria j� esperava resultados melhores para outubro. Mas a m�dia di�ria de vendas, que baliza o comportamento do mercado, mostra, at� segunda-feira pequena desacelera��o, com 14.987 unidades, ante 15.165 no m�s anterior.
Corrida em dezembro
O economista da LCA Consultores, Rodrigo Nishida, lembra que essa m�dia est� pr�xima �s de junho, julho e agosto, os tr�s primeiros meses da queda do IPI. No primeiro semestre, as vendas di�rias estavam bem mais fracas, em torno de 12,3 mil unidades, segundo a Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea).
Nishida prev� outro enfraquecimento na m�dia di�ria de vendas em novembro, mas uma nova corrida �s lojas em dezembro, quando termina o incentivo do IPI. “Al�m disso, dezembro tem o 13.º sal�rio e tradicionalmente � um m�s forte em vendas”.
O IPI de 7% para modelos com motor 1.0 foi zerado e caiu � metade para aqueles com motor at� 2.0, que recolhem entre 11% e 13%. O governo j� prorrogou o benef�cio duas vezes por temer uma desacelera��o forte no mercado e um impacto nos �ndices de infla��o.
Na opini�o do economista da LCA, outubro n�o foi melhor porque algumas montadoras n�o conseguiram suprir a demanda. Alguns modelos est�o em falta e h� filas de espera, caso por exemplo do rec�m-lan�ado Hyundai HB20, com entregas previstas apenas para janeiro, e do Nissan March, importado do M�xico.
A LCA projeta para o ano crescimento de 7% nas vendas de autom�veis e comerciais leves em rela��o �s 3,42 milh�es de unidades comercializadas em 2011. A Anfavea espera alta de 6%.
Para o setor como um todo, incluindo os ve�culos pesados, a expectativa das fabricantes � de crescimento de 4,5% a 5%, para algo em torno de 3,8 milh�es de ve�culos, volume anual recorde.