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Estado de Minas

Mercado de carros usados tem leve recupera��o, ap�s fechamento de mais de 4 mil lojas


postado em 19/11/2012 16:02 / atualizado em 19/11/2012 16:08

Ap�s primeiro semestre de perdas, induzidas pela redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos e pela restri��o ao cr�dito, o setor de carros usados teve leve recupera��o no segundo semestre, aponta a Federa��o Nacional das Associa��es dos Revendedores de Ve�culos Automotores (Fenauto).

As perdas do primeiro semestre levaram cerca de 4,5 mil lojas em todo o Brasil a fecharem as portas, segundo estimativa da Fenauto. Foi o que ocorreu com duas das tr�s lojas de Celso Sidnei de Abreu, empres�rio do ramo h� sete anos. “Foi um ano duro. Juntou a redu��o do IPI, as dificuldades da economia e complicou tudo”, avalia. Segundo a federa��o, o Brasil tem 40 mil lojas de revenda de carros usados, que empregam 240 mil pessoas diretamente.

A queda nas vendas chegou a 12,1% nos primeiros cinco meses do ano, na compara��o com igual per�odo de 2011. Agora, os modelos com mais de tr�s anos registram queda de cerca de 10%, no acumulado de janeiro a outubro. No entanto, os modelos mais novos, com menos de tr�s anos, apresentam alta de 2,8%, no mesmo per�odo.

“Depois de um in�cio muito dif�cil, dada a dificuldade para aprova��o de cr�dito, come�amos a recuperar. Em torno de 15% das fichas de financiamento eram aprovadas. Agora j� estamos atingindo uma meta de 30% a 35%”, apontou Il�dio Gon�alves dos Santos, presidente da Fenauto. Ele destaca que 70% das vendas do setor s�o financiadas. “Existe cr�dito, mas o aumento da inadimpl�ncia fez com que os bancos adotassem crit�rios mais seletivos”, avaliou.

O pre�o oferecido para quem pretende vender um carro usado ficou de 20% a 25% menor, segundo lojistas entrevistados pela Ag�ncia Brasil. “Quando envolve troca de ve�culo, a perda � um pouco menor”, aponta Armando Monteiro, gerente de uma loja de revenda na zona sul de S�o Paulo. Na compra de carro usado, a desvaloriza��o � de 10% a 15%, informou o gerente.


A queda no pre�o agradou ao bombeiro Valner Machado, 30 anos. “Mesmo com a redu��o do IPI, para mim n�o � vantagem pegar um carro zero. Com o mesmo valor e sem entrar em financiamento, fico com um carro seminovo, mas completo. O custo benef�cio � melhor”, avalia. Ele pretende comprar um ve�culo usado � vista. “Juntei dinheiro o ano inteiro, agora entram o d�cimo terceiro, f�rias e extras. Al�m disso, pretendo pegar um bom desconto”, apontou.

Para o presidente da Associa��o de Ve�culos Automotores no Estado de S�o Paulo (Assovesp), George Chahade, a restri��o de cr�dito foi a principal respons�vel pela crise no setor. “De todos os problemas que podemos levantar, como redu��o do IPI, quest�es econ�micas e diminui��o do cr�dito, a maior parte se deve � menor aprova��o de financiamentos. � certo que a procura diminuiu, mas poderia ter se mantido em um patamar razo�vel se o cr�dito fosse mais f�cil”, declarou.

De acordo com a federa��o, no entanto, o setor tamb�m sentiu os impactos da redu��o do IPI, j� que o pre�o dos carros usados tem como refer�ncia o valor do ve�culo novo. “Os estoques estavam elevados com carros em um pre�o alto. Esse problema durou at� junho, porque os lojistas tiveram que vender com pre�o abaixo do que tinham pago. Foi a� que houve perda de capital”, apontou.

Com a retomada das vendas e a estabiliza��o do pre�o dos carros usados, Il�dio Santos acredita que o mercado est� em equil�brio e n�o deve apresentar grandes altera��es, mesmo com a volta do IPI para carros novos, prevista para dezembro. “N�o deve mudar muita coisa. O mercado vai levar um tempo para recuperar as perdas, assim como vai demorar para o pre�o do usado voltar ao patamar anterior”, aponta. Para o lojista Celso Sidnei de Abreu, a conta � simples: “se estamos vendendo pouco com esse pre�o, se aumentar � que n�o vende”, declarou.


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