A desonera��o da folha de pagamento repercute melhor junto �s empresas de grande porte. Segundo estudo divulgado hoje (22) pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), o percentual de empres�rios que enxerga a medida como positiva e acredita que ela contribuir� para a retomada do crescimento, � maior no segmento das grandes empresas do que no de pequenas e m�dias empresas.
De acordo com a pesquisa, entre as empresas de grande porte, 59% veem a medida como positiva. Esse patamar cai para 49% entre as empresas de m�dio porte e para 30% nas pequenas empresas. J� na avalia��o sobre a contribui��o parcial da medida para retomada do crescimento, 60% das grandes empresas acreditam que ela auxiliar�. Entre as m�dias empresas, o percentual cai para 51%, e entre as pequenas, para 42%.
"Uma raz�o [para a diferen�a na avalia��o] � que parte das pequenas empresas podem estar recolhendo pelo Simples [regime tribut�rio diferenciado]. Se est�o recolhendo pelo Simples, n�o h� mudan�a. Uma outra raz�o � que as grandes empresas em geral s�o mais exportadoras do que as de menor porte. E a nova sistem�tica permite deduzir do faturamento as parcelas das vendas de exporta��o", avalia Fl�vio Castelo Branco, gerente executivo de pol�tica econ�mica da CNI.
Ele destacou ainda que a medida � melhor vista entre as empresas intensivas em m�o de obra do que entre as que s�o intensivas em capital. Os setores contemplados pela medida deixam de pagar a contribui��o de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e arcam com um percentual sobre o faturamento como forma de compensa��o.
O gerente da CNI acredita que as empresas que avaliaram a desonera��o como parcialmente favor�vel levaram em conta o fato de a carga tribut�ria n�o ser o �nico entrave � competitividade. "Temos outras distor��es na economia brasileira. Temos custos de insumo, como a energia e custos de capital, como as taxas de juro. Existe ainda a quest�o da pr�pria log�stica, infraestrutura", comentou.
Al�m de empres�rios de ramos diversos, beneficiados ou n�o pela medida, a pesquisa da CNI ouviu representantes do setor da constru��o civil, que n�o faz parte do novo regime. Cerca de 55% das empresas do setor disseram que gostariam de ter sido inclu�das na medida. Tamb�m no caso da constru��o, o interesse � maior entre as empresas de maior parte. O percentual das grandes que gostaria de participar do novo regime � 59%. O das m�dias, 56% e o das pequenas, 51%. "Quando perguntado sobre a desonera��o da folha [o setor da constru��o], entende que � fundamental. � um setor intensivo em m�o de obra", comentou Lu�s Fernando Melo, economista da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC).