Mesmo com as incertezas decorrentes da renova��o dos acordos de concess�o, o risco de cr�dito da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) permaneceu est�vel. Ontem, a ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor’s reafirmou a nota de cr�dito BB atribu�da � estatal mineira. A perspectiva � est�vel. A avalia��o reflete a vis�o da ag�ncia de que as m�tricas de cr�dito e liquidez da Cemig permanecer�o adequadas, mesmo com o perfil de neg�cios da companhia restringido em decorr�ncia da Medida Provis�ria 579.
De acordo com a Standard & Poor’s, os ratings refletem o perfil de risco de neg�cio “regular” do grupo e de risco financeiro “significativo”. Por outro lado, a ag�ncia considera que a empresa apresenta uma carteira de ativos diversificada nos segmentos de gera��o, transmiss�o e distribui��o de eletricidade, o que oferece suporte �s suas notas de risco. “De acordo com nossos crit�rios para entidades relacionadas ao governo, acreditamos que h� uma probabilidade moderada de que o governo de Minas Gerais, que controla 51% da empresa, fornecer� o suporte extraordin�rio suficiente para a Cemig.”
Tesouro para conta
Ontem, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar as empresas energ�ticas que n�o aderiram ao programa federal de redu��o de tarifas de eletricidade, mediante a assinatura de contratos de concess�o de estatais regionais, que as obrigava a aceitar remunera��o menor. Durante cerim�nia em que anunciou medidas para o setor portu�rio, a presidente reafirmou que o governo far� a redu��o da conta de luz a partir de 2013, apesar das resist�ncias, atingindo o corte m�dio projetado de 20,2%. Para isso, o Tesouro Nacional vai bancar o percentual dos “n�o colaboradores”, numa alus�o a Cesp (SP), Cemig (MG), Copel (PR), Celg (PR) e Celesc (SC).
“Os n�o colaboradores deixam no seu rastro uma falta de recursos. Essa falta de recursos vai ser bancada pelo Tesouro. Agora, a responsabilidade por n�o ter feito isso, � de quem decidiu n�o fazer. Quem n�o foi capaz de perceber que o Brasil tem hora para tudo. Tem hora para a gente n�o prorrogar (contratos) e tem hora para a gente prorrogar”, discursou.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por�m, “ainda n�o est� definido” como o governo usar� recursos do Tesouro Nacional para garantir a queda de 20% em m�dia do pre�o da energia no ano que vem.