O min�rio de ferro deve ganhar no pr�ximo ano uma import�ncia ainda maior nos investimentos tanto de mineradoras quanto de sider�rgicas brasileiras. Com seus mercados ainda tentando se recuperar, as empresas decidiram focar seus investimentos em segmentos mais rent�veis - e o min�rio de ferro, apesar da queda recente nos pre�os, ainda tem uma margem de lucro muito positiva.
Conhecida por investimentos bilion�rios e diversificados, a Vale j� informou que far� aportes menores daqui para a frente e que dar� foco total para o min�rio de ferro. No in�cio de dezembro, quando apresentou seu programa de investimentos, a empresa afirmou que o projeto Serra Sul, o S11D, em Caraj�s, receber� aten��o total da companhia. A expectativa � de que esse projeto ajude a Vale a reduzir seus custos e, ao mesmo tempo, amplie a qualidade do min�rio. Com in�cio das opera��es programadas para 2016, o projeto prev� uma produ��o anual de 90 milh�es de toneladas, com investimentos totais de US$ 19,5 bilh�es.
O programa de investimentos da Vale para 2013 totaliza US$ 16,3 bilh�es, ante os US$ 17,5 bilh�es que devem ser efetivamente realizados este ano. No an�ncio, o diretor executivo de Finan�as e de Rela��es com Investidores da Vale, Luciano Siani, frisou que o montante menor n�o significa que a empresa n�o est� otimista em rela��o ao futuro, mas est� alterando seu foco, mantendo maior aten��o em projetos de maior rentabilidade.
Segundo Ronaldo Vali�o, s�cio da PwC Brasil, o foco das mineradoras ser� sim em investimentos em projetos de menor custo. “As mineradoras continuar�o com os investimentos em amplia��o e em novas unidades em busca de oportunidades, mas sempre com a preocupa��o de reduzir os custos de explora��o”, disse. Foi justamente esse o recado da Vale na apresenta��o a investidores em Nova York, quando os executivos da empresa frisaram que a base da sua nova estrat�gia � focar na “efici�ncia de capital”.
O gerente s�nior de Transa��es Corporativas da Ernst & Young Terco, Stephen Collins, observa que os projetos de minera��o t�m uma maturidade longa, o que torna mais complicada a decis�o de investir em novas minas diante de um cen�rio de maior turbul�ncia econ�mica. Com isso, lembra o especialista, uma das decis�es das empresas do setor tem sido a expans�o dos ativos j� existentes.