O presidente Barack Obama promulgou na quarta-feira � noite a lei sobre o compromisso or�ament�rio que afasta, a curto prazo, as amea�as do abismo fiscal nos Estados Unidos.
Depois de semanas de tens�o, a C�mara de Representantes, dominada pelos republicanos, cedeu na noite de ter�a-feira e aprovou um plano que prev� os impostos para os contribuintes com rendas superiores a 450.000 d�lares.
O texto, que torna permanentes isen��es fiscais herdadas da administra��o de George W. Bush para a classe m�dia, tamb�m prev� uma extens�o do seguro-desemprego, o que impulsionou os mercados.
Na quarta-feira, no primeiro dia de opera��es de 2013, Wall Street abriu com forte lucros. No entanto, a crise do "abismo fiscal", que implicaria uma alta generalizada de impostos somada a fortes cortes do gasto p�blico, n�o foi superada totalmente, j� que os representantes adiaram por dois meses o debate sobre como cortar o d�ficit.
Dessa forma, os republicanos, contrariados por terem cedido na quest�o tribut�ria, tentar�o conseguir que Obama fa�a concess�es sobre o financiamento do governo e sobre o aumento do limite do endividamento.
No pior dos casos, todas estas vota��es acabar�o se acumulando e acabar�o provocando um novo "abismo fiscal" com consequ�ncias ainda mais graves.
Antes de partir para o Hava�, seu arquip�lago natal onde foi tirar f�rias, Obama advertiu que o tema do limite da d�vida n�o � negoci�vel.
"N�o vou discutir de novo com o Congresso sobre a necessidade de saldar as contas deixadas por leis j� adotadas", afirmou.
Em agosto de 2011, a discuss�o sobre o limite da d�vida se estendeu e levou a ag�ncia Standard and Poor's a tirar dos Estados Unidos a nota m�xima concedida at� ent�o a seu perfil de cr�dito, depois que o pa�s ficou � beira do default.
No entanto, os republicanos tamb�m fecham suas posi��es.
"Agora vamos nos centrar nos gastos", afirmou o presidente da C�mara de Representantes, John Boehner, que cedeu na ter�a-feira para evitar ser responsabilizado por uma crise que podia levar o pa�s de volta � recess�o.
A vota��o do Ano Novo foi uma das �ltimas efetuadas pelo 112º Congresso dos Estados Unidos, enquanto nesta quinta-feira ser� iniciada a nova legislatura, na qual n�o haver� uma mudan�a dos equil�brios pol�ticos, j� que a C�mara Baixa continuar� nas m�os da oposi��o, enquanto o Senado continuar� dominado pelos democratas.
Al�m disso, o acordo obtido n�o resolve o tema do corte do d�ficit, afirmam os republicanos, que asseguram que o acordo de ter�a-feira soma quatro trilh�es de d�lares de d�vida nos pr�ximos 10 anos. O total supera atualmente os 16 trilh�es de d�lares.
Erskine Bowles e Alan Simpson, ex-secret�rio de gabinete da Casa Branca e ex-senador republicanos, que foram encarregados por Obama para chegar a uma solu��o para o problema da d�vida em longo prazo nos Estados Unidos, lamentaram que o Congresso deixasse passar esta oportunidade.
"Nosso l�deres devem ter, a partir de agora, o valor de reformar nosso c�digo tribut�rio e os gastos obrigat�rios para estabilizar nossa d�vida", afirmaram.