Se as chuvas n�o retornarem ao n�vel normal em janeiro, vai "acender o sinal amarelo" das geradoras, disse nesta segunda-feira o presidente da Associa��o Brasileira de Empresas Geradoras de Energia El�trica (Abrage), Fl�vio Neiva. "O que acontecer em janeiro em termos de hidrologia vai definir a condi��o do sistema", frisou.
Se as chuvas, sobretudo na regi�o Sudeste, ocorrerem em volume abaixo do normal para o m�s, o governo ter� de tomar provid�ncias, afirmou o executivo. "N�o quer dizer que haver� racionamento. H� outras medidas para serem adotadas pelo lado da demanda, como o despacho de t�rmicas mais caras, uso de g�s", citou. As alternativas, por�m, t�m custo elevado, com impacto nas tarifas.
Mesmo se as chuvas retornarem ao n�vel normal no primeiro trimestre, que � o per�odo mais �mido do ano, o Pa�s depender� de um uso mais intensivo da energia t�rmica, de custo mais elevado, para garantir o abastecimento. "Isso � certeza", afirmou. O uso das usinas t�rmicas poder� voltar ao m�nimo a partir de abril, num cen�rio otimista.
Segundo Neiva, o corte de 20,2% nas contas de luz prometido pela presidente Dilma Rousseff "j� est� sendo atrapalhado pelo uso das t�rmicas." Ele coloca em d�vida se a redu��o ser� dessa magnitude porque, se de um lado a energia gerada pelas hidrel�tricas ficar� mais barato, o uso intensivo das usinas t�rmicas eleva o custo da eletricidade.
Nem mesmo a ajuda dos cofres federais ser� suficiente para garantir a redu��o, explicou. O Tesouro Nacional j� se prontificou a desembolsar de R$ 2 bilh�es a R$ 3 bilh�es para assegurar a redu��o da tarifa, apesar de algumas usinas n�o terem aceitado renovar suas concess�es nos termos propostos pelo governo. "Mas eu duvido que o governo v� subsidiar o uso de combust�veis", disse Neiva. "� coisa de uns R$ 500 milh�es a R$ 600 milh�es por m�s".