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Estado de Minas

Drag�o da infla��o j� assombra Belo Horizonte em 2013

IPCA-15 supera expectativa dos analistas e salta de 0,47% para 0,71% em BH, impulsionado principalmente pelos grupos alimenta��o e transportes. M�dia nacional ficou em 0,88%


postado em 24/01/2013 06:00 / atualizado em 24/01/2013 07:09

A falta de chuva no in�cio do ano fez com que o pre�o de alimentos tivesse forte alta em Belo Horizonte, ao mesmo tempo em que os valores das passagens a�reas e outros itens do grupo transportes voltaram a decolar. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) encerrou o per�odo com forte acelera��o em rela��o a dezembro, passando de 0,47% para 0,71%, enquanto a m�dia nacional variou de 0,69% para 0,88%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Ou seja, apesar de a Grande BH ainda estar abaixo da m�dia, a infla��o acelerou de forma mais acentuada na regi�o.

� a primeira vez que o indicador nacional rompe a casa de 6% desde janeiro do ano passado, se considerado o acumulado de 12 meses. Na ocasi�o, o IPCA-15 atingiu 6,44%. Apesar de, naquele m�s, o acumulado ter sido superior ao deste janeiro, reflexo de um segundo semestre de 2011 que teve a pr�via da infla��o oficial sempre acima do teto da meta (6,5%), em janeiro do ano passado o �ndice registrou varia��o de 0,65%, enquanto o atual apontou 0,88%. Isso significa que 2013 j� come�ou com forte press�o inflacion�ria. A estimativa dos analistas do mercado financeiro era que o indicador ficasse entre 0,71% e 0,86%, com mediana de 0,82%. Com isso, consultorias j� revisaram o indicador para o m�s. A equipe Ita�-Unibanco elevou a proje��o de 0,85% para 0,93%.

A partir de mar�o, um pequeno al�vio deve ser sentido com a queda nos valores das contas de energia el�trica. A estimativa de queda m�dia de 20% deve servir para segurar a esperada alta dos combust�veis. A previs�o � que gasolina e �leo diesel subam 7% nos pr�ximos meses, o que poderia resultar em forte impacto na infla��o. O economista do IBGE Ant�nio Braz afirma que a energia tem peso de 3,5% na infla��o de Belo Horizonte, enquanto a gasolina tem peso de 5,2%, mas somente com o passar dos meses ser� poss�vel avaliar os efeitos futuros na cadeia produtiva. “De imediato, na m�dia, deve melhorar. Mas � preciso ver o impacto disso nas cadeias. Com aumento dos combust�veis, por exemplo, todo produto transportado por caminh�o tende a subir”, afirma.

Na Grande BH, entre os nove grupos medidos, dois tiveram aumento bem acima das outras 10 regi�es que comp�em o �ndice: o dos transportes e o de alimenta��o e bebidas. Juntos, os dois t�m peso de 40,8% sobre o indicador. Os grupos habita��o e despesas pessoais tamb�m tiveram importantes altas, de 0,98% e 0,88%, respectivamente.

Dentro do grupo transportes, o item transporte p�blico foi respons�vel pela maior alta (3,28%). A varia��o foi motivada pelo crescimento conjunto do custo das passagens a�reas (13,15% de alta) e dos �nibus urbanos (3,02%) e intermunicipais (3,07%). Com isso, BH teve a maior alta do pa�s na categoria transporte p�blico, que, na m�dia, subiu 1,12%. A varia��o quase tr�s vezes menor no

restante do pa�s pode ser explicada pelo fato de somente Belo Horizonte, Recife e Fortaleza terem reajustado o valor das tarifas dos �nibus urbanos. O pre�o da passagem na capital mineira passou de R$ 2,65 para R$ 2,80, enquanto em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, atendendo aos pedidos da presidente Dilma Rousseff (PT), os prefeitos Fernando Haddad e Eduardo Paes decidiram manter o valor das passagens pelo menos at� o meio do ano para evitar maiores press�es inflacion�rias. “Hoje em dia qualquer mudan�a pesa no bolsa da gente. Quando aumento o sal�rio, tudo j� aumentou”, afirma a auxiliar de escrit�rio, Carm�n L�cia Lima, que, por dia, usa dois �nibus e o metr� para ir ao trabalho e repete o itiner�rio para retornar.

No que diz respeito � alimenta��o, a falta de chuvas nas �ltimas semanas fez com que frutas e legumes pressionassem o �ndice. O pre�o da melancia subiu 16,06%, o da ab�bora 8,32% e o do tomate 4,55%. Mas outros produtos tamb�m sofreram forte alta, como o feij�o (rajado), que teve aumento de 5,78%.

Futuro


O consumidor pode contar com a press�o do drag�o nos pr�ximos meses. Em fevereiro, o �ndice vai sofrer o efeito da alta do sal�rio m�nimo; at� junho, em conta-gotas, termina o desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para ve�culos novos e a alta dos combust�veis tamb�m deve vir a qualquer momento.

Apesar de o conjunto despesas pessoais ter sido um dos que mais contribu�ram para a eleva��o do IPCA-15, itens com peso significativo no indicador tiveram retra��o, como os gastos com empregadas dom�sticas e costureira, com redu��o de 1,18% e 0,89%, respectivamente. O economista do IBGE Ant�nio Braz considera que a �nica certeza sobre os aumentos � de que deve haver alta no quesito despesas pessoais no m�s que vem, tendo em vista que ser� feito o pagamento do m�nimo. “Os pre�os dos autom�veis ser�o retomados aos poucos, havendo margem de manobra para negocia��o”, avalia Braz.


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