
A medi��o abrange todos os setores da economia – agricultura, com�rcio, servi�os, ind�stria e governo. Exporta��es e importa��es de bens e servi�os tamb�m s�o registradas. Com base nesse valor, chega-se ao PIB nominal. Para chegar ao crescimento real da economia, o IBGE precisa ainda descontar a infla��o em rela��o ao ano anterior, o que faz o c�lculo considerar apenas a varia��o nas quantidades produzidas.
O economista Newton Marques, professor da Universidade de Bras�lia (UnB), explica que o c�lculo � feito com base na quantidade e no pre�o m�dio dos produtos, descontados os insumos (por exemplo, despesas com material para produzir, sal�rios e impostos). “Por isso � que o PIB � o valor agregado. O que agregou ao produto”, disse.
Marques lembra que a import�ncia do PIB como indicador econ�mico est� na capacidade do pa�s de gerar emprego. “Se o pa�s tem crescimento do PIB muito baixo, isso mostra que a economia n�o est� conseguindo gerar postos de trabalho suficientes tanto para os que est�o desempregados quanto para as pessoas que est�o entrando no mercado de trabalho”, disse.
Atualmente, lembra Marques, a crise econ�mica internacional tem afetado o crescimento dos pa�ses. “Isso acaba fazendo com que o PIB uma hora cres�a muito e outra hora cres�a menos. A crise afeta bastante as economias que s�o dependentes, como a do Brasil”, disse. O economista acrescentou que as oscila��es do PIB ao longo dos �ltimos anos � tamb�m consequ�ncia de uma economia que est� sendo ajustada, ap�s enfrentar per�odos de infla��o muito alta.
Para este ano, a expectativa de Marques � que o PIB cres�a entre 3% e 3,5%, com a melhora na confian�a dos empres�rios. Para o professor, o setor privado deve responder aos incentivos dados pelo governo e investir mais este ano. “No ano passado, os empres�rios n�o investiram na produ��o. N�o acreditaram que havia demanda suficiente porque o governo vacilou muito. N�o foi uma pol�tica firme”, disse.