O presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Maur�cio Tolmasquim, disse nesta sexta-feira que o custo do uso de energia proveniente de termel�tricas em momentos emergenciais passar� a ser repartido a partir de agora. At� ent�o, ele ficava a cargo das distribuidoras, que poderiam repassar os valores para as tarifas dos consumidores. Agora, 50% desse custo ficar� com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade ser� rateada entre os demais elos da cadeia: consumidores, produtores e comercializadores.
Nessa contabiliza��o, a parte do consumidor ser� de 25% do total. "Vai se reduzir para o consumidor a conta relativa �s termel�tricas", disse. "Hoje, por seguran�a, as contas v�o todas para o consumidor e estamos corrigindo isso", continuou.
O importante, segundo Tolmasquim, � reduzir o impacto financeiro sobre as distribuidoras. Isso ser� feito por meio da CDE, que passar� a cobrir os impactos sobre essas empresas. Os dois principais impactos s�o o uso maior de termel�tricas por escassez de chuvas e a n�o ades�o de tr�s empresas de grande porte (Cesp, Cemig e Copel) � proposta do governo de renovar antecipadamente contratos que venceriam entre 2015 e 2017.
O presidente da EPE salientou que a n�o ades�o � proposta levou as cotas a ficarem menores do que o governo estava esperando. "A�, as distribuidoras ficaram com menos contrato do que era necess�rio. Elas ficam expostas ao mercado de curto prazo", disse.
O segundo impacto decorre da opera��o das termel�tricas. Segundo Tolmasquim, quando opera, a distribuidora paga a termel�trica pelo combust�vel no momento em que tem necessidade do produto, mas s� recebe o repasse feito a seus clientes na data do anivers�rio de reajuste da conta. "Ent�o, tinha uma defasagem no momento que ela paga a termel�trica e na hora que o consumidor paga. Esse custo financeiro est� sendo compensado pela CDE."