Nesta sexta-feira � comemorado o Dia Mundial da �gua. Em Minas Gerais, micro e pequenas empresas est�o fazendo a diferen�a na preserva��o do meio ambiente e, com isso, reduzindo custos. Mais de 40% da �gua tratada no Brasil desce pelo ralo e, com esse desperd�cio, uma redu��o de apenas 10% das perdas do pa�s representaria uma receita de R$ 1,3 bilh�o, quase a metade do investimento feito em abastecimento de �gua em 2010, de acordo com dados do Instituto Trata Brasil.
Dona do Restaurante Doce Sabor, em Belo Horizonte, a empres�ria Arlene Barbosa Santana Moreira, h� sete anos faz as refei��es que s�o comercializadas no modelo self-service sem balan�a. Depois de uma consultoria do Projeto 5 Menos que s�o Mais, muita coisa mudou. A a��o feita pelo Sebrae Minas em 11 bares e restaurantes da capital mineira tem a proposta de reduzir o desperd�cio e aumentar a competitividade das empresas a partir do consumo consciente.
Arlene Moreira implantou v�rias a��es para diminuir as perdas de produtos de limpeza, mat�rias-primas e de �gua. Para isso, ela adotou uma solu��o composta por 20 litros de �gua, uma colher de cloro e uma de detergente para mergulhar os pratos, por 10 minutos, antes de lav�-los. "� mais f�cil limp�-los e isso ajuda na economia de �gua. Antes, o valor da conta variava entre R$ 180 e R$ 240. Hoje, essa despesa caiu 50%", diz a empres�ria.
Vencedoras em 2012 do Pr�mio Sebrae Minas de Sustentabilidade, duas fazendas no interior do estado tamb�m d�o bons exemplos de como pequenas a��es podem reduzir custos e n�o agredir o meio ambiente.
Na Fazenda Jatob�, em Patroc�nio, no Tri�ngulo Mineiro, os res�duos org�nicos da produ��o do caf�, como a palha, juntamente com restos da produ��o de verduras e legumes das fazendas vizinhas, baga�o de cana e at� mesmo grama, s�o coletados e transformados, pelo processo de compostagem, em adubo. "O acumulo da palha de caf� no solo pode causar uma contamina��o no len�ol fre�tico devido � alta concentra��o de nitrato. Resolvemos um problema que t�nhamos e ainda reduzimos pela metade os custos com a compra de fertilizantes. Futuramente, queremos doar esse material org�nico para creches e escolas da regi�o", conta o agr�nomo Eduardo Lima de Sousa que administra a empresa, junto com outros dois irm�os.
J� a Fazenda Porto Alegre, tamb�m produtora de caf�, a �gua, usada para lavar o caf�, � coletada em tanques de decanta��o e reutilizada na planta��o de banana. A fazenda j� recebeu sete certifica��es em qualidade do caf� e boas pr�ticas sociais, agr�colas e de manejo. "O meu pai nos passou essa preocupa��o com o meio ambiente. Descobrimos que � um processo gratificante e retorn�vel para o nosso neg�cio", conta Thiago Veloso da Motta, que administra a fazenda.