O impacto do conjunto das desonera��es anunciadas pelo governo recentemente ser� sentido na ind�stria apenas mais � frente, conforme o gerente executivo de pesquisa da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Renato da Fonseca. De acordo com ele, leva um tempo para o setor se adaptar �s mudan�as e incorporar os ganhos tribut�rios em seus balan�os. Da mesma forma, diz, o ciclo de redu��o da taxa b�sica de juros observada no ano passado tamb�m conta com um per�odo de defasagem para os resultados do setor. "A desonera��o n�o foi realizada para todos os setores ainda e as mais recentes foram mais para outras �reas, como servi�os", afirmou.
Na avalia��o do economista, de qualquer forma, as a��es s�o positivas. "As medidas est�o na dire��o correta. Mas algumas dependem de um tempo maior para serem sentidas", considerou. Para ele, o Brasil ainda � um pa�s caro para a produ��o e, comparativamente a outras na��es, ainda conta com uma infla��o elevada. "Nossos custos, s� acompanhando a infla��o, crescem mais do que os de nossos concorrentes", afirmou.
Ele salientou que o aumento do limite do lucro presumido � uma demanda antiga para o setor e que as mudan�as na �rea de infraestrutura s�o fundamentais. "O Brasil ainda est� aprendendo como atrair investimentos privados", pontuou.
Expans�o
A ind�stria deve registrar crescimento em 2013, mas os primeiros meses do ano ainda mostram volatilidade dos indicadores, na avalia��o de Fonseca. Ele previu que o dado de capacidade instalada do setor deve aumentar em mar�o depois da queda registrada em fevereiro, mas n�o ser� uma 'pancada' t�o forte quanto a alta vista no primeiro m�s do ano. "A ind�stria ainda tem dificuldade de retomada, mas a expectativa � de melhora no ano", disse.
Ele salientou que a base dessa perspectiva mais positiva para o restante de 2013 � porque, geralmente, o in�cio de todos os anos � mais fraco para o setor. Fonseca observou tamb�m que houve uma mudan�a para cima no dado de janeiro, que subiu de 84% para 84,5%, por causa n�o s� da metodologia da dessazonaliza��o, mas tamb�m porque �s vezes a CNI inclui informa��es novas de empresas que n�o tinham sido apresentadas num primeiro momento.