Fiscais do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) em Foz do Igua�u, no Paran�, apreenderam em duas semanas o equivalente a quase meia tonelada de tomate contrabandeado da Argentina. A �ltima apreens�o, de cinco caixas de 20 kg cada, foi feita na madrugada desta quarta-feira, na Ponte Internacional da Amizade, principal liga��o com Ciudad del Este, no Paraguai. Os outros cerca de 300 kg haviam sido flagrados em pequenos carregamentos que entrariam no Pa�s pela fronteira com a Argentina.
De acordo com o chefe local do Minist�rio da Agricultura, Ant�nio Garcez, a maior frequ�ncia na apreens�o deste tipo de mercadoria se deve � alta do produto no Brasil registrada desde meados de mar�o. As outras foram flagradas na Ponte Internacional Tancredo Neves, principal via de acesso � Argentina, de onde o produto � trazido ilegalmente. "Assim como a farinha, a cebola, o alho e as frutas tamb�m bastante procurados durante todo o ano, este tipo de mercadoria exige o certificado fitossanit�rio internacional e o cumprimento dos processos de importa��o. Caso contr�rio, � apreendido", alerta.
Com o quilo do tomate sendo vendido nas �ltimas semanas por cerca de R$ 8 em Foz do Igua�u, muitos moradores da regi�o t�m apelado para o contrabando. Na vizinha Puerto Iguaz�, o produto pode ser encontrado por at� R$ 3 o quilo. A grande procura, no entanto, est� fazendo o produto desaparecer das prateleiras argentinas. "Antes fazia pedido de tomate, que vem de Posadas, a 300 quil�metros daqui, a cada tr�s dias. Ultimamente tenho feito todos os dias e mesmo assim n�o est� sendo suficiente. Com a procura em alta e as enchentes na regi�o de La Plata, estou tendo que contar com a sorte", aponta o comerciante Antonio Garrido.
O aumento do pre�o do tomate e do consequente contrabando exp�s outro problema: a falta de fiscais sanit�rios. "Na Ponte da Amizade n�o temos nenhum fiscal. E para que o controle seja feito contamos com a colabora��o da Receita Federal. J�, na outra fronteira, com a Argentina, trabalha apenas um fiscal, que alterna os hor�rios de expediente entre a noite e o dia", aponta Garcez.