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Estado de Minas

FMI adverte para disparidades econ�micas no mundo


postado em 16/04/2013 15:20 / atualizado em 16/04/2013 15:23

Cinco anos ap�s o in�cio da crise, o FMI advertiu nesta ter�a-feira para a fragmenta��o crescente da economia mundial, dividida entre o dinamismo dos pa�ses emergentes, a resist�ncia dos Estados Unidos e o afastamento preocupante da Eurozona. "Estamos em uma situa��o melhor (...) mas n�o estamos fora de perigo", disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, em uma coletiva de imprensa.

Este cen�rio se traduz em n�meros: o Produto Interno Bruto (PIB) mundial foi revisado em baixa neste ano a 3,3%, abaixo dos 3,5% previstos em janeiro, segundo o relat�rio semestral do FMI, divulgado �s v�speras de sua assembleia-geral desta semana em Washington.

Sem ser uma surpresa para ningu�m, a Eurozona continuou sendo a principal preocupa��o para a institui��o de Washington, que espera agora uma recess�o maior (-0,3%). "A m� sequ�ncia da Eurozona � preocupante", afirmou Blanchard, que citou as dificuldades das empresas e dos particulares para ter acesso ao cr�dito na periferia da regi�o e a grande incerteza sobre a situa��o de alguns bancos.

No momento em que v�rios pa�ses receberam planos de ajuda externos, o FMI expressou sua preocupa��o de com uma fadiga ligada � austeridade imposta em troca dos resgates. "Se um pa�s tem a op��o, � preciso considerar se algo pode ser feito para reduzir o ritmo de saneamento fiscal com o objetivo de manter a credibilidade, mas sem um impacto excessivo sobre a demanda", disse o funcion�rio, em refer�ncia � necessidade de que o Reino Unido revise sua pol�tica de rigor.

Segundo o relat�rio do Fundo, os riscos s�o provenientes principalmente da evolu��o da Eurozona, sobretudo dos acontecimentos futuros no Chipre e da situa��o pol�tica na It�lia. O pol�mico plano internacional de resgate do Chipre, do qual o FMI participa, aparece como altamente arriscado, enquanto a It�lia segue sem poder formar um governo est�vel.



Uma economia "a tr�s velocidades"

O FMI se preocupa com o fosso cada vez maior que est� sendo criado entre os pa�ses da Eurozona, que pode complicar a possibilidade de uma coes�o maior. Mas este n�o � o �nico risco: a Eurozona, �nica em recess�o no mundo, se desvincula cada vez mais do resto do mundo, complicando a coopera��o entre os pa�ses e a busca de solu��es globais.

"O que at� agora era uma recupera��o a duas velocidades, uma r�pida entre os pa�ses emergentes e outra mais fraca entre as economias avan�adas, est� se tornando uma recupera��o a tr�s velocidades", disse Blanchard, referindo-se �s diferen�as de crescimento entre a Eurozona e os Estados Unidos.

Enfraquecido pelos cortes or�ament�rios autom�ticos, os Estados Unidos devem, de qualquer forma, avan�ar neste ano (crescimento de 1,9%, uma queda de 0,2%), segundo o FMI, gra�as � "demanda interna robusta" da primeira economia mundial. A institui��o considera inquietante que o pa�s n�o tenha produzido um plano confi�vel de redu��o do d�ficit, enquanto considerou que um acordo pol�tico para aumentar o teto da d�vida deve ser alcan�ado rapidamente para evitar um default.

Os grandes pa�ses emergentes n�o s�o um problema. Apesar de um crescimento revisado para baixo em pa�ses como China (8,0%) ou Brasil (3,0%), essas economias devem prosseguir com sua expans�o em 2013 e continuar sendo os principais motores da economia mundial. "A China retornou a um ritmo de crescimento saud�vel", considerou o fundo.

A institui��o v� uma exce��o no norte da �frica e no Oriente M�dio pelas transi��es pol�ticas que devem diminuir o crescimento da atividade destas regi�es em compara��o com 2012. Am�rica Latina e Caribe crescer�o 3,4% neste ano, 0,2% ponto a menos do que o previsto em janeiro, mas as perspectivas para a regi�o se tornam mais otimistas, de acordo com o relat�rio.

Por outro lado, o FMI comemorou que certos desequil�brios mundiais tenham diminu�do, ao julgar exagerada a hip�tese de uma guerra cambial. "O d�lar e o euro parecem estar ligeiramente sobrevalorizados, enquanto o iuane chin�s parece estar moderadamente subvalorizado", escreveu o Fundo. Num momento em que o Jap�o flexibilizou sua pol�tica monet�ria, o FMI defendeu novamente as medidas adotadas pelos bancos centrais para lutar contra a crise (baixa das taxas de juros, inje��es de liquidez).


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