
De acordo com a PED, o n�vel de ocupa��o diminuiu em todas as regi�es pesquisadas, al�m de Belo Horizonte: Recife (-1,9%), Fortaleza (-1,7%), Distrito Federal (-1,2%), Salvador (-0,9%), S�o Paulo (-0,9%) e Porto Alegre (-0,5%). O rendimento m�dio real dos ocupados nas sete localidades caiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, para R$ 1.578. J� a renda m�dia real dos assalariados subiu 0,3%, para R$ 1.617, no mesmo per�odo. Na RMBH, o rendimento real m�dio dos ocupados foi estimado em R$ 1.643, o que representa um acr�scimo de 0,4% em rela��o ao m�s anterior. O sal�rio real m�dio tamb�m teve aumento de 1,6%, sendo estimado em R$ 1.622.
Para M�rio Rodarte, professor de economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar), o aumento da taxa est� relacionado � queda da ocupa��o, que foi muito expressiva em mar�o, chegando a 30 mil postos de trabalho na RMBH. Segundo ele, os dados est�o refletindo um certo desaquecimento do mercado de trabalho, em parte sazonal, dado que mar�o � o fechamento do primeiro trimestre do ano. Por outro lado, a taxa registrada no m�s passado � superior � de mar�o de 2012, que era de 5,4%. “Nesse caso, n�o h� efeito sazonal”, observa.
MENOS OCUPADOS
O n�mero de pessoas ocupadas na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) diminuiu 1,3% em mar�o na compara��o com fevereiro e ficou estimado em 2,2 milh�es de trabalhadores. Segundo a PED, houve relativa estabilidade no contingente de ocupados no setor de servi�os (-0,1%). J� no com�rcio e repara��o de ve�culos, esse n�mero caiu 5,3%; na constru��o, 1,4%, e na ind�stria de transforma��o, 1,9%.
Manoel J�nior, de 30 anos, teve sorte. Ele j� estava empregado quando recebeu um convite para assumir a ger�ncia de uma loja especializada em artigos esportivos. O rapaz, que trabalhava como vendedor no emprego anterior, aceitou o desafio para gerenciar seis profissionais. “Meu sal�rio subiu aproximadamente 30%.” Ele revela um dos segredos para os novatos no com�rcio, principal setor da economia de Belo Horizonte: “O foco � prestar um excelente atendimento. Ainda mais nesse ramo, no qual o cliente vira a esquina e encontra dezenas de lojas”.
Segundo M�rio Rodarte, apesar do avan�o do desemprego, ainda n�o se pode dizer que ele seja uma tend�ncia. “Os dados ainda n�o s�o suficientes para afirmar. O aumento abrupto da desocupa��o pode ser um movimento de reacomoda��o. O emprego pode voltar a crescer depois”, afirma. Ele lembra que a PED trouxe tamb�m dados interessantes, como o fato de a massa salarial continuar 10,6% acima da apurada em igual per�odo do ano passado. “Provavelmente essa situa��o vai perdurar.”
A maior retra��o na ocupa��o ocorreu entre os assalariados com carteira assinada (31 mil), o que reflete um decr�scimo no setor privado (40 mil) e um acr�scimo no setor p�blico (9 mil).