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Estado de Minas

M�dico briga com plano e o paciente paga

Presidente da Associa��o M�dica diz que � cada vez maior o n�mero de usu�rios de planos que precisam recorrer ao atendimento particular depois de arcar com impostos e mensalidade


postado em 26/04/2013 06:00 / atualizado em 26/04/2013 11:30

Nathalia Bini é membro do grupo Padecendo no Paraíso, que propõe uma reflexão sobre uma a saúde privada no país (foto: Zezinho Perez/Divulgação)
Nathalia Bini � membro do grupo Padecendo no Para�so, que prop�e uma reflex�o sobre uma a sa�de privada no pa�s (foto: Zezinho Perez/Divulga��o)
O descredenciamento de m�dicos, superlota��o de hospitais e dificuldades para marcar consultas est�o levando usu�rios dos conv�nios a pagar tr�s vezes pelo mesmo servi�o. A primeira contribui��o do consumidor � para o Sistema �nico de Sa�de (SUS), com o pagamento de impostos, a segunda � para o plano de sa�de e a terceira para o prestador de servi�o, m�dico, cl�nicas especializadas ou profissionais da reabilita��o, quando o consumidor precisa fazer o desembolso pelo atendimento particular.

Iniciando o terceiro ano de protestos contra os planos de sa�de, m�dicos fizeram ontem uma manh� de paralisa��o contra o que eles classificam de baixos valores pagos pelos procedimentos, da consulta � cirurgia. Em audi�ncia p�blica na Assembleia Legislativa, entidades que representam os profissionais afirmaram que h� um avan�o do n�mero de m�dicos desistindo de atender pelos planos privados e tamb�m redu��o de oferta em especialidades estrat�gicas, como a pediatria. Segundo Lincoln Ferreira, presidente da Associa��o M�dica de Minas Gerais (AMMG), � cada vez maior o percentual de usu�rios que, apesar de ter plano de sa�de, est�o optando pela consulta particular, exatamente pela dificuldade de encontrar o especialista pelo conv�nio. Segundo Ferreira, a AMMG e o Conselho Regional de Medicina (CRM) v�o trabalhar em um levantamento para medir esse movimento de abandono do consult�rio.


Na pr�xima quarta-feira, cerca de 250 m�es de Minas Gerais promovem um ato p�blico na Pra�a da Liberdade, onde pretendem chamar aten��o para a sa�de privada. “Temos direito ao SUS, pagamos pelo plano de sa�de, mas est� cada vez mais dif�cil usar o servi�o, precisamos fazer uma reflex�o profunda sobre a sa�de privada”, diz Nath�lia Bini, representante do grupo de m�es Padecendo no Para�so. A organiza��o, que conta com a ades�o de mais de 2,5 mil m�es, diz que os relatos de dificuldades e peregrina��o por hospitais transbordaram nos �ltimos meses. Segundo ela, atendendo pedidos, o grupo mant�m uma lista de pediatras particulares que cobram a partir de R$ 300 por consulta e prestam atendimento integral aos pacientes. “Mesmo tendo plano de sa�de, as fam�lias que t�m condi��o financeira est�o optando pelo atendimento particular.”

As fisioterapeutas Cléria Assis e Nicole (D), que percebem aumento da demanda particular (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
As fisioterapeutas Cl�ria Assis e Nicole (D), que percebem aumento da demanda particular (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
A consultora Jane Castro sentiu a redu��o na oferta dos servi�os. “Os m�dicos est�o se descredenciando ou dificultando o atendimento, oferecendo agenda reduzida.” Usu�ria de plano de sa�de h� pelo menos 30 anos, ela paga por m�s R$ 350, mas tem desembolsado tamb�m para bancar procedimentos particulares. Ontem mesmo pagou R$ 150 por uma avalia��o ergom�trica. A fisioterapeuta Nicole Correa diz que, como usu�ria do setor, enfrenta dificuldade para conseguir consultas e que, como profissional da reabilita��o, percebe que, na cl�nica onde trabalha, a maioria dos usu�rios tem plano de sa�de, mas opta pelo servi�o particular. Jos� Altair Oliveira, ex- trapezista e domador de animais, aponta que a marca��o de consulta leva em m�dia 20 dias, mas refor�a que est� satisfeito com seu plano m�dico: “Se n�o atender pelo plano, o m�dico vai perder 70% de seus pacientes”.

Sobre o protesto de m�dicos, a Associa��o Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa planos de sa�de, diz que participa de estudos que analisam novos modelos de remunera��o. “O movimento dos m�dicos � aceit�vel, desde que n�o prejudique o atendimento aos benefici�rios dos planos de sa�de.” A Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaS�ude) informou que de julho de 2011 a junho de 2012 operadoras filiadas concederam reajuste de aproximadamente 14% no valor das consultas, acima da infla��o do per�odo, de 6,1%.

Vale do A�o tem um novo pronto-socorro

Com investimentos de R$ 42,7 milh�es, a Funda��o S�o Francisco Xavier (FSFX), criada pela Usiminas em 1969, est� ampliando a estrutura do Hospital M�rcio Cunha, em Ipatinga, no Vale do A�o. Ontem foi entregue a primeira fase do projeto, que consumiu aportes na ordem de R$ 28,5 milh�es. Foram criados no hospital um pronto-socorro, inclusive para atendimento pedi�trico de alta complexidade, e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

As obras, iniciadas em 2011, ser�o integralmente conclu�das em dois anos. A segunda fase vai consumir R$ 13,5 milh�es. Entre os novos servi�os, est�o a expans�o da UTI e constru��o de Unidade de Alimenta��o e Nutri��o. J� a oncologia ir� contar com um acelerador linear, novo equipamento de uso espec�fico da especialidade. Do total do investimento, somadas as duas fases da obra, R$ 33,1 milh�es s�o recursos pr�prios da Funda��o S�o Francisco Xavier, R$ 5,6 milh�es s�o a contrapartida do governo do estado e R$ 4 milh�es s�o verba do Minist�rio da Sa�de.

O diretor-executivo da Funda��o S�o Francisco Xavier, Lu�s M�rcio Ara�jo Ramos, explica que o hospital, a princ�pio, foi criado para atender ao pilar social da Usiminas, mas hoje sua fun��o foi largamente ampliada, o hospital atende ao SUS e a usu�rios de planos de sa�de. “Com o super�vit gerado com o atendimento privado, colocamos recursos � disposi��o do SUS. � uma parceria entre a funda��o, a Usiminas, o governo do estado”, diz o executivo.

O Hospital M�rcio Cunha possui duas unidades em Ipatinga. Foi inaugurado na d�cada de 60 e �, hoje, refer�ncia para uma popula��o de mais de 785 mil habitantes no Leste de Minas, sendo o terceiro maior hospital do estado e o segundo maior em n�mero de partos pelo SUS. “Foi a primeira entidade hospitalar do Brasil a obter o Certificado de Acredita��o com Excel�ncia, concedido pela Organiza��o Nacional de Acredita��o (ONA)”, diz Ara�jo Ramos. Em 2012, foram realizadas 33 mil interna��es nas unidades do HMC, sendo que mais de 60% delas realizadas pelo SUS. (MC)


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